Fernando Santos: «O próprio árbitro já pediu desculpa porque cometeu um erro»

«O futebol tem disto. Portugal fez uma partida bem conseguida, criou muitas oportunidades de golo e sofreu um golo de contra-ataque. Há o benefício da dúvida para o árbitro (penálti), mas na minha perspetiva o jogador sérvio já tinha rematado e depois foi contra o Rui (Patrício). Admito que marcasse grande penalidade.

Portugal foi para cima do jogo, criou inúmeras oportunidades, tentou de todas as formas e não conseguiu. Houve uma grande penalidade marcada com todo o critério que inexplicavelmente o fiscal de linha, a 40 metros, contrariou. Não pode ser. O próprio árbitro já pediu desculpa porque cometeu um erro, mas não se pode fazer isso depois do jogo. Erro do fiscal de linha que marca a 40 metros uma coisa que não pode ver. Não sei como isto é possível, sinceramente... Se dizem que o VAR não pode ser... esta é mais uma prova. É o segundo jogo seguido. Portugal teria duas vitórias.

Com todas as nuances de jogo, pelo que fez, Portugal seria mais do que justo vencedor.

Todos os portugueses viram que Portugal lutou, jogou, fez, não conseguiu marcar golo. A mensagem é a mesma de sempre: os portugueses devem acreditar nesta equipa porque ela merece esse crédito todo o mais algum. Joga bem, criou situações, teve bolas em cima do risco. Não marcaram, mas o futebol é isto

Disse ao árbitro que o lance em que não marcou a grande penalidade marcou definitivamente o golo. Vi o lance na cabine com o árbitro e ele pediu-me desculpa. Ele ficou sem me conseguir explicar a decisão, porque primeiro marcou e depois recuou na decisão. Houve mais uma série de lances em que ficou o benefício da dúvida. Houve tempo de jogo queimado. Não vale a pena empurrar todas as culpas para o árbitro.

Entrámos bem no jogo, à procura do golo. Criámos várias situações, mas, umas por mérito do guarda-redes da sérvia, outras por demérito nosso, não marcámos. Tenho dúvidas no lance da grande penalidade contra nós.

Depois, faltou-nos a paciência de circulação de bola. Na minha perspetiva, a partir dos 25/30 minutos voltou a estar instalado no meio-campo adversário e conseguiu chegar ao golo.

Na segunda parte, a equipa foi mais paciente, mas o que é verdade é que os meus jogadores fizeram tudo para ganhar. Houve ocasiões que noutras situações a bola teria entrado.

Dois empates em casa são penalizadores. Empatámos aqui, mas vamos ganhar lá. Esta equipa tem capacidade para chegar tanto à Ucrânia, como à Sérvia, e ganhar os jogos.

Continuamos a querer acabar em primeiro. Quando se perde quatro pontos em casa, faz com que as coisas não sejam tão fáceis como se tivéssemos ganhado. O que esta equipa tem demonstrado através do tempo é que pode ganhar os próximos jogos. Até setembro, não voltaremos a esta competição.

Estes dois resultados não têm impacto nenhum nas convocatórias futuras. É visível que não ganhámos porque a bola não quis entrar. Não perdi confiança nos meus jogadores. Não tenho noção do problema físico de Cristiano Ronaldo».