Bruno Lage: «Faltou marcar golo nas diversas oportunidades que tivemos»

«Faltou marcar golo nas diversas oportunidades que tivemos, tanto na primeira mão como aqui. Não creio que tenha sido um grande jogo, não foi ‘divertido’, teve muitas paragens e isso condicionou-nos. Gostamos de ter bola e de dinâmica. Não houve isso e é nossa responsabilidade, temos de colocar essa velocidade e não o conseguimos fazer. Fizemos a espaços, mas não o suficiente para vencer.

Temos pena que as oportunidades que criámos não tenham sido suficientes para passar a eliminatória. O livre que deu o golo ao Sporting na Luz foi o momento decisivo.

Ainda não tivemos tempo para avaliar o Gabriel. Esta derrota terá o mesmo impacto que teve a derrota com o FC Porto na Taça da Liga. Tínhamos o sonho de jogar uma final, mas temos um outro sonho de continuar a senda das sete finais que faltam disputar no campeonato.

Vi uma tremenda confusão no final do jogo e só mais tarde fui informado da expulsão do Rafa. É curioso que no meio de tanta confusão só terem saído cartões para o Rafa. A nossa cultura é ganhar. O jogo tem de ser divertido, dinâmico e com uma alegria fantástica. Independentemente de ganhar ou não, perdemos 3-1 com o FC Porto, foi considerado um dos melhores clássicos dos últimos anos, jogamos com o Sporting, outro grande jogo, dinâmico e aberto. Não foi só o árbitro que condicionou hoje, mas sim um conjunto de fatores que tornaram o jogo menos divertido.

O Sporting entrou forte e a pressionar, era o que esperávamos e estávamos prevenidos para isso. A saída do Gabriel condicionou um pouco, na construção é um indivíduo muito importante. Não soubemos aproveitar o facto de o Sporting ter apenas dois médios de construção. Quando ganhávamos a bola e partíamos para o ataque, o jogo parava. Infelizmente, por várias circunstâncias, não tivemos muita bola. Criámos oportunidades, sabíamos as fragilidades do Sporting, foi um jogo muito equilibrado e acho que o empate seria o resultado mais justo. Não aconteceu, e segue o Sporting para a final.

A tática do Sporting não foi muito surpreendente. Foi o Sporting que estávamos à espera.

Se tenho Fejsa numa situação mais posicional, tenho de ter um médio com capacidade de se esconder entre os médios, como Gedson. Manter a largura com André Almeida e Grimaldo, e depois ter Félix e Seferovic a atacar a profundidade. Se entrasse o Samaris, poderíamos ficar mais pressionados, portanto não estou nada arrependido por ter colocado o Gedson».