Os brasileiros do Flamengo e os argentinos do River Plate penaram para atingir a final da edição de 2019 da Taça Libertadores de futebol, nomeadamente nos ‘oitavos’, que ambos só ultrapassaram na ‘lotaria’ dos penáltis.
Os ‘canarinhos’ até podiam tem caído na fase de grupos, escapando-se - no último jogo de Abel Braga, que cedeu o lugar ao português Jorge Jesus - com um ‘nulo’ no recinto do Peñarol, enquanto os ‘albi-celestes’ apenas ganharam quatro de 12 jogos.
Ainda assim, ambos superaram as dificuldades, com o ‘Fla’ a acabar em ‘grande’, com um retumbante 5-0 aos compatriotas do Grêmio, e os ‘milionários’ a mostrarem-se quase intransponíveis, sofrendo apenas um desaire, precisamente a fechar.
A formação brasileira entrou bem, vencendo os dois primeiros encontros do Grupo D, por 1-0 no terreno dos bolivianos do San José, graças a um tento do ex-benfiquista Gabriel Barbosa, e por 3-1 na receção aos equatorianos da Liga de Quito.
Um desaire caseiro face ao Penãrol (1-0), culpa de um tento de Viatri, aos 87 minutos, começou, porém, a complicar e a situação ficou ainda mais delicada quando, ao quinto jogo, depois de um 6-1 caseiro ao San José, o ‘Fla’ perdeu por 2-1 em Quito.
O conjunto de Abel Braga ficou a necessitar de empatar no Uruguai e consegui-o, graças um precioso ‘nulo’, no que foi o último jogo na prova sob o comando do ex-técnico de Rio Ave, Famalicão, Belenenses ou Vitória de Setúbal.
A estreia de Jorge Jesus aconteceu em 24 de julho, no Equador, e foi complicada, com o Flamengo a perder Diego, por lesão, e a sofrer uma complicada derrota por 2-0 face ao Emelec, vencedor com tentos de Godoy (10 minutos) e Caicedo (78).
Uma semana depois, no Maracanã, um ‘bis’ de Gabigol igualou a eliminatória antes dos 20 minutos, mas os brasileiros não mais conseguiram marcar e jogaram o apuramento nos penáltis, com os anfitriões a não falharem e Diego Alves a parar Arroyo, antes de Queiroz a atirar à barra, para um triunfo por 4-2.
Seguiram-se duas eliminatórias frente a compatriotas de Porto Alegre, primeiro o Internacional, que não resistiu no Maracanã a um ‘bis’ de Bruno Henrique e, em casa, sonhou, com um tento de Lindoso, até Gabigol empatar, aos 84 minutos.
Nas ‘meias’, face ao Grêmio, o ‘Fla’ mereceu bem mais do que 1-1 que trouxe da primeira mão, num jogo em que o VAR lhe anulou três golos, mas ‘vingou-se’ no Maracanã, com uma exibição de gala, coroada com uma goleada por 5-0 para a ‘eternidade’.
Ao contrário do Flamengo, o River Plate entrou muito ‘intermitente’, com três igualdades no Grupo A, no campo do Alianza Lima (1-1), onde só marcou aos 90+5 minutos, por Cristian Ferreira, em casa perante o Palestino (0-0) e na deslocação a Porto Alegre, onde recuperou de 0-2 para 2-2.
A segunda volta foi bem melhor, com um 3-0 em casa perante os peruanos e um 2-0 no Chile, que deixou tudo resolvido. No último jogo, voltou a empatar com o Internacional, agora no Monumental Nuñez, com mais um golo tardio (90+3 minutos), de Pratto.
Nos ‘oitavos’, o River voltou a ter pela frente um adversário brasileiro, o Cruzeiro, que só ultrapassou nos penáltis, com um triunfo por 4-2, depois de 180 minutos sem qualquer golo.
O Cerro Porteño foi o adversário nos quartos de final, com os argentinos a quase sentenciarem em casa (2-0), graças a dois penáltis, para, depois, sofrerem um golo cedo no Paraguai, antes de De La Cruz resolver (1-1), aos 51 minutos.
As meias-finais foram a ‘réplica’ da final de 2018, com o rival Boca Juniors, e o River ganhou em casa por 2-0, para controlar no ‘La Bombonera’, onde só sofreu no final, culpa de um tento de Hurtado, aos 79 minutos. Foi a única derrota.