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Sindicato ativa Fundo Salarial para metade do plantel da União de Leiria

O Sindicato dos Jogadores (SJ) vai ativar o Fundo de Garantia Salarial (FGS) para metade do plantel da União de Leiria, cujos futebolistas profissionais não recebem há dois meses e meio, anunciou hoje o presidente da estrutura sindical.

Sindicato ativa Fundo Salarial para metade do plantel da União de Leiria

Joaquim Evangelista esteve hoje no treino matinal da União de Leiria e, após uma reunião com o plantel, revelou que entre os atletas há "situações muito complicadas, dramáticas mesmo", na equipa que ocupa a décima posição da Série C do Campeonato de Portugal.

"Temos de acorrer aos casos mais dramáticos", disse, avançando que o SJ vai "acionar o FGS para mais ou menos metade dos jogadores". "Até segunda-feira vamos conseguir adiantar algum dinheiro", prometeu.

O presidente do SJ recebeu informações sobre a possibilidade da entrada de um novo investidor na SAD da União de Leiria, de origem brasileira, que prometeu resolver os problemas, no máximo, até ao início da próxima semana.

"Estivemos a discutir com os jogadores o contexto da SAD, se o novo investir dá garantias ou não. Há muitos jogadores com dúvidas e muitos têm a possibilidade de rescindir contrato - e ponderam fazê-lo", disse.

Para Joaquim Evangelista, era "muito importante haver uma resposta da SAD para tranquilizar os jogadores", sendo que, a partir de 08 de janeiro de 2020, o incumprimento sobe para três meses. "A partir daí a situação pode agravar-se ainda mais".

O defesa Anilton Júnior reconheceu que "não é uma situação boa" a da equipa, mas disse acreditar que "vai ser resolvida".

"Acreditamos que o presidente vai resolver. Temos confiança mais do que normal nele, porque é uma pessoa que nunca nos deixou passar mal. Ele garantiu que vai resolver", disse o defesa, referindo-se a Aleksander Tolstikov, empresário russo que lidera a SAD e que continua sem prestar declarações sobre o caso.

O capitão da União de Leiria disse que os jogadores ficaram "mais tranquilos" após a visita do SJ, desejando que surja "o novo investidor para ajudar": "É fundamental. Nada gira sem o capital. É muito difícil ficar para receber, para os jogadores e para todos".

Dentro de campo, Anilton Júnior assinalou que as dificuldades até dão "mais força" a um grupo que "está unido".

"Muitos pensam que não, mas dá-nos muita força, porque há muita malta jovem que vai chegar a outros patamares e tem de passar por isto primeiro para depois chegar lá", observou.

Apesar da crise, que redundou no protesto dos jogadores da União de Leiria na jornada passada, imobilizando-se durante 30 segundos no jogo frente ao Torreense, Anilton ainda acredita na promoção à II Liga.

"Ainda estamos a lutar pela subida, com certeza. O pensamento é um só: jogar até à última. Domingo há jogo e é para ganhar", advertiu.

À saída da Boa Vista, localidade do concelho de Leiria onde decorreu o treino, Joaquim Evangelista criticou o acumular de situações de incumprimento no Campeonato de Portugal.

"Estamos preocupados, é muito cedo, já está a acontecer em dezembro. É um sinal, uma tendência. Isto não é aceitável numa competição que é cada vez mais profissional. Tem de haver uma mudança na próxima época. Essa vai ser uma exigência do Sindicato junto da FPF", lamentou o presidente do SJ, que ainda hoje tem uma reunião com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para analisar a questão.

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