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Racismo: Pinto da Costa considera caso com Marega um «problema de estupidez»

O presidente do FC Porto considerou hoje que o racismo é um «problema de estupidez» e que o que sucedeu com o futebolista maliano Marega foi «uma atitude infeliz» de um grupo de adeptos, que «têm de ser castigados».

Racismo: Pinto da Costa considera caso com Marega um «problema de estupidez»

Pinto da Costa, que falou à chegada ao Tribunal de Justiça, no Porto, para testemunhar no âmbito do julgamento do ataque à academia do Sporting, em Alcochete, comentou o caso de racismo de que foi vítima Marega no jogo entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto.

"Como reajo? Como a maioria, quase 100% dos portugueses, descontando o Rui Santos e o André Ventura... Toda a gente reagiu da mesma maneira. O Marega foi tomado pelo mundo como um herói, mas não é por ter esta atitude digna que passou para nós a ser importante. No final do ano, antes de sonharmos que isto ia acontecer, recebeu o Dragão de Ouro do FC Porto. Não é por isto que passou a ser para nós um grande atleta e um grande homem", disse Pinto da Costa.

O líder do clube 'azul e branco' salientou que o racismo "nem deveria ser colocado como um problema", por ser "estúpido e imbecil", e falou nos ídolos de infância que "eram de cor".

"Para mim sempre houve igualdade, sempre vivi assim na infância, quando os meus ídolos no FC Porto eram de cor. Para mim, eram indiferentes a raça e a cor. Aquilo foi uma atitude infeliz, que nem sequer posso dizer que as pessoas sejam racistas, foi uma maneira de atingir o Marega porque o Vitória de Guimarães também tem jogadores de outras raças e que nunca foram atingidos. Têm de ser castigados, mas mais do que racismo foi um problema de estupidez", acrescentou.

Pinto da Costa considerou ainda que esta situação deve ser tratada como um caso de polícia e demonstrou ainda mais a sua indignação.

"No primeiro jogo de futebol que vi, o FC Porto tinha o Gastão, era negro e era um dos que mais gostava. Não compreendo como isso pode ser um problema para alguém. Isto é sobretudo um caso de polícia. Se roubarem as carteiras às pessoas no estádio, a responsabilidade não é dos clubes", concluiu.

O presidente comentou ainda o facto de o FC Porto, em pouco mais de uma semana, ter reduzido de sete para um ponto o atraso em relação ao Benfica na luta pela liderança da I Liga.

"A leitura que faço é que recuperamos seis pontos. Estávamos a sete e ficámos a um", disse Pinto da Costa, que não revelou as expectativas para o resto da prova: "Não espero nada. No futebol tudo pode acontecer, no campo é que se fazem os resultados".

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