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Covid-19: Cabo Verde fecha discotecas e eleva prontidão das forças de segurança

Cabo Verde vai encerrar todas as discotecas e os restaurantes a partir das 21:00, enquanto o estado de prontidão das forças e serviços de segurança será elevado, para prevenir casos do novo coronavírus, divulgou hoje o primeiro-ministro.

Covid-19: Cabo Verde fecha discotecas e eleva prontidão das forças de segurança

O chefe do Governo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, está a dirigir, na cidade da Praia, a reunião do Conselho Nacional de Proteção Civil, ativado para lidar com a ameaça da pandemia provocada pelo novo coronavírus, que levou o executivo a declarar a situação de contingência para todo o território nacional.

Durante a manhã, Ulisses Correia e Silva alertou, numa mensagem através da sua conta oficial na rede social Facebook, que “face ao risco iminente de surgimento de casos” do novo coronavírus em Cabo Verde e “do seu alastramento”, são agora adotadas “medidas de caráter excecional”, que estarão em vigor inicialmente por um período de 30 dias.

De imediato avança a “elevação do estado de prontidão das forças e serviços de segurança e de todos os agentes de proteção civil”, incluindo um “reforço de meios para eventuais operações de apoio na área da saúde pública”.

Também será ativado o Fundo Nacional de Emergência, “com vista ao financiamento das ações de prevenção e resposta no âmbito da proteção civil e do sistema nacional de saúde” e criada “uma reserva nacional de equipamentos de proteção individual, destinados aos corpos de bombeiros, polícia e Forças Armadas”.

Será igualmente garantido o “reforço da capacidade de receção e despacho” da Linha Verde 8001112, de apoio à população e casos suspeitos, “com instalação de mais postos de atendimento, bem como a afetação de profissionais de saúde para efeito de atendimento à população, durante o período diurno”.

Cabo Verde não regista até ao momento qualquer caso confirmado de Covid-19.

Ainda assim, as medidas decretadas hoje preveem a restrição à realização de eventos públicos “que reúnam número significativo de participantes, em espaços abertos ou fechados, independentemente da sua natureza”, ao funcionamento de estabelecimentos de restauração até às 21:00, nomeadamente bares, restaurantes e esplanadas, “com proibição total do consumo em espaços abertos, devendo a lotação dos mesmos ser reduzida em um terço da sua capacidade”.

Determina-se ainda o “encerramento de todos os estabelecimentos de diversão noturna, nomeadamente discotecas e equiparados”, acrescentou a mensagem de Ulisses Correia e Silva, sobre as medidas a adotar, que incluem a “restrição às visitas a lares e aos centros onde estejam pessoas de terceira idade e aos estabelecimentos prisionais”.

Também passam a ser restritas as visitas aos hospitais e outros estabelecimentos de saúde e recomendada a restrição de frequência a ginásios, academias, escolas de artes marciais, de ginástica e similares.

É ainda determinada a limitação de frequência e organização dos serviços de atendimento ao público, “nomeadamente, no que tange à organização de filas e imposição de distância mínima de segurança”.

O primeiro-ministro explicou, na mensagem, que a ativação do Conselho Nacional de Proteção Civil, enquanto órgão de coordenação nacional da política de proteção civil, visa permitir a “mobilização rápida e eficiente das organizações e pessoal indispensáveis e dos meios disponíveis que permitam a condução coordenada das ações a executar” nesta matéria.

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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