A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição em Moçambique, pediu hoje ao Governo que encerre as fronteiras para controlar a propagação da Covid-19 no país.
"Apelar ao Governo para fechar, efetivamente, as fronteiras nacionais e garantir a fiscalização para reduzir o impacto da pandemia Covid-19", disse Ossufo Momade, presidente da Renamo, em conferência de imprensa em Maputo.
De acordo com o presidente daquele partido, é altura de as instituições públicas e privadas funcionarem de forma condicionada, exceto os serviços básicos, adotando a medida em que os funcionários trabalham de casa.
"O Governo deve garantir a proteção e segurança dos profissionais de saúde, em todo território nacional, em especial nos transportes e nos locais de maior concentração e aglomerado de passageiros", disse Ossufo Momade.
A Renamo apela ainda ao Governo para interditar voos internacionais, uma forma de evitar o aumento de número de cidadãos em quarentena.
O principal partido de oposição em Moçambique decidiu cancelar os seus comícios e reuniões, em cumprimento com as orientações presidenciais.
O número de mortes causadas pela covid-19 em África subiu hoje para 72 com o número de casos acumulados a ultrapassar os 2.700 em 46 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia.
Em Moçambique, as autoridades registaram um total de cinco infeções pelo novo coronavírus, segundo as ultimas atualizações.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.