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Covid-19: TICV mantém aviões em Cabo Verde a assegurar evacuações médicas

A Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) realizou 13 voos de evacuação médica desde que foi decretado o estado de emergência no arquipélago, levando à suspensão de todas ligações para conter a pandemia da covid-19, anunciou hoje a companhia.

Covid-19: TICV mantém aviões em Cabo Verde a assegurar evacuações médicas

Numa informação prestada à agência Lusa, a administração da companhia, anteriormente designada por Binter Cabo verde, refere que os voos – os únicos permitidos desde 29 de março -, para transportar entre as ilhas do Maio, São Vicente, São Nicolau, Sal, Boa Vista e Praia (Santiago) todo o tipo de pacientes, estão a ser igualmente aproveitados para levar material de higiene e segurança.

Ao mesmo tempo, e para “maximizar” os voos, os aviões da TICV estão a garantir o transporte de amostras de casos suspeitos de covid-19 das várias ilhas para o Laboratório de Virologia, que funciona no Instituto Nacional de Saúde Pública, na Praia.

“Felizmente, temos estado relativamente ocupados e temos conseguido dar a resposta necessária ao país nesta altura tão séria que o mesmo atravessa. Aliás, tanto a resposta da ASA [Aeroportos e Segurança Aérea], CV Handling, Aviação Civil e as respetivas unidades de saúde têm sido sempre de interajuda e cooperação”, afirmou à Lusa o diretor geral da TICV, Luís Quinta.

Além dos voos de evacuação médica, a companhia assegurou ainda, no final de março, um voo de repatriamento de cidadãos francesas da ilha da Boa Vista para a Praia, de onde viajaram depois para Paris.

Cabo Verde cumpre hoje 17 dias, de 20 previstos, de estado de emergência para conter a pandemia provocada pelo novo coronavírus, com a população obrigada ao dever geral de recolhimento, com limitações aos movimentos, empresas não essenciais fechadas e todas as ligações interilhas e para o exterior suspensas.

Há mais de duas semanas que dezenas de cabo-verdianos estão retidos em várias ilhas sem poderem regressar a casa, devido à suspensão das ligações aéreas e marítimas no arquipélago, tendo o Governo avançado esta semana que está a preparar uma solução para garantir esse regresso.

Cabo Verde regista desde 20 de março dez casos da covid-19, distribuídos pelas ilhas da Boa Vista (6), Santiago (3) e São Vicente (1). Um desses casos, um turista inglês de 62 anos que estava num hotel da ilha da Boa Vista, acabou por morrer, vítima da doença.

O atual período de estado de emergência termina ao final do dia 17 de abril, mas o Presidente da República – que declara o estado de emergência após autorização do parlamento – disse na segunda-feira que só na “quinta ou sexta-feira” tomará uma decisão sobre a eventual prorrogação.

A informação foi prestada aos jornalistas pelo chefe de Estado, Jorge Carlos Fonseca, depois de uma reunião de consulta, sobre o atual estado de emergência, com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, com o presidente do parlamento, Jorge Santos, membros do Governo e autoridades de saúde.

A Binter divulgou em março que já investiu nos últimos quase cinco anos 13 milhões de euros nas ligações aéreas cabo-verdianas, com a agora designada Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) e emprega atualmente 140 pessoas.

A companhia realiza, na época alta, até 28 voos diários nas ligações entre as ilhas cabo-verdianas e atingiu em 2019 um milhão de passageiros transportados em Cabo Verde.

As ligações aéreas de passageiros para sete ilhas do arquipélago são garantidas pela TICV com nove rotas operadas por três ATR-72 500, com capacidade para 72 passageiros.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África ultrapassou hoje as 800 com mais de 15 mil casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.

A pandemia da covid-19 já causou mais de 118 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

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