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Covid-19: Concessionários de praia «preparados» para cumprir regras de saúde

O presidente da Federação Portuguesa dos Concessionários de Praia disse hoje que os empresários estão «completamente preparados» para cumprir as regras de saúde, defendendo que os estabelecimentos «têm de começar a abrir».

Covid-19: Concessionários de praia «preparados» para cumprir regras de saúde

“Nós estamos completamente preparados para assegurar as regras que forem impostas, aliás, antes do estado de emergência já estávamos com os distanciamentos que foram impostos na altura e já muitos empresários trabalhavam com máscara”, referiu João Carreira, em declarações à agência Lusa.

Apesar de as medidas anunciadas ainda não serem "concretas", o responsável defendeu que "os estabelecimentos e as praias têm de começar a abrir porque é uma mais-valia para todos".

"As pessoas têm de dar o seu mergulho, senão não morrem da doença, mas morrem da cura, como se costuma dizer. Até para o próprio Governo, porque as empresas não podem continuar fechadas por muito tempo, senão é a bancarrota”, frisou.

Na quarta-feira, a coordenadora do Programa Bandeira Azul avançou à Lusa que as praias nacionais vão ter lotação máxima de banhistas e que terá de haver “distanciamento social” durante a época balnear, devido à pandemia da covid-19.

Segundo Catarina Gonçalves, está a ser elaborado um “manual de procedimentos sobre o acesso às praias” de Portugal, um trabalho que está a ser desenvolvido por várias organizações, entre as quais a Marinha portuguesa, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o Instituto de Socorro a Náufragos (ISN) e a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Além disso, a responsável indicou que os procedimentos de higiene dos espaços e a utilização de máscaras serão “obviamente muito mais apertados”.

Segundo João Carreira, os concessionários "aguardam regras mais concretas", mas "estão cá para cumprir e ajudar a melhorar toda esta situação".

A agência Lusa tentou contactar a APA, mas até ao momento não foi possível obter declarações.

A Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores também advertiu hoje para a falta de 1.500 a 2.000 vigilantes para a próxima época balnear, devido à suspensão dos cursos, com a declaração do estado de emergência.

João Carreira admitiu que no início do verão "poderá haver alguma dificuldade em contratar nadadores-salvadores", no entanto, mantém a esperança de que seja criada uma "exceção".

“Se a carga de banhistas for menor, estou convicto de que não vai ser preciso tantos nadadores-salvadores em cada concessão. Estou convencido de que vai haver uma exceção à regra por parte da Autoridade Marítima Nacional”, mencionou.

Para fazer face a este problema, a federação dos nadadores-salvadores enviou uma carta ao Governo e grupos parlamentares em que solicitou incentivos fiscais e sociais para os vigilantes, como isenção de IVA ou redução das propinas escolares.

Além disso, considerou que deveria haver um regime especial de contratação sazonal durante a época balnear, que "implique menos custos às entidades empregadoras", e uma alteração dos dispositivos de segurança, com "ligeiras reduções no número de nadadores-salvadores", porque "mais vale alguma segurança do que nenhuma".

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 183 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Cerca de 700 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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