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Aaron Tshibola recorre ao passado para alimentar crença na permanência do Aves

O médio internacional congolês Aaron Tshibola assegurou que o lanterna-vermelha Desportivo das Aves está preparado para «dar 200%» rumo à permanência na I Liga de futebol, lembrando uma experiência similar vivida em Inglaterra.

Aaron Tshibola recorre ao passado para alimentar crença na permanência do Aves

“Temos trabalhado muito duro nas últimas semanas, mas acho que podemos conseguir. Não é impossível, até porque já vivi uma situação semelhante na quarta divisão inglesa. A dez jornadas do fim, estávamos nos lugares de descida e demos a volta. É uma questão de nos focarmos e dar mais do que esperam de nós, de nos batermos em campo e de nos empenharmos mais”, frisou o centrocampista, numa conversa promovida pelos nortenhos.

Formado no ‘secundário’ Reading, Aaron Tshibola rumou por empréstimo ao Hartlepool United na temporada 2014/15, quando uma reta final fulgurante ajudou o clube do nordeste inglês a manter-se no quarto escalão, contexto que gostava de repetir em solo luso, onde nota um “futebol menos intenso e físico e mais tático, pausado e técnico”.

“Os treinos são muito levados a sério. Todos sabem que os lugares na equipa estão em aberto e dão o que têm para tentar convencer o ‘mister’. Sabemos o que temos a fazer e quais são os nossos objetivos, pelo que cada dia somos obrigados a dar 100% para aparecer nos jogos a fazer tudo para nos superarmos a 200%”, apontou.

A I Liga vai ser reatada, sob fortes restrições e sem público nos estádios, em 03 de junho, com o encontro entre Portimonense e Gil Vicente, naquele que vai ser o primeiro dos 90 jogos das últimas 10 jornadas, que decorrem até 26 de julho e trazem os avenses na última posição, com 13 pontos em 24 rondas, nove abaixo da zona de salvação.

“Não vejo a minha família há quatro meses e tem sido muito duro, mas não posso perder o foco. Ter o meu irmão comigo ajudou, mas foi complicado para todos e morreu muita gente. Portugal tem sabido gerir bem esta situação que é nova e parece tudo mais calmo nesta fase. Esperamos que continue assim até voltarmos à normalidade”, afiançou.

Aaron Tshibola, de 25 anos, foi contratado em janeiro aos belgas do Waasland-Beveren, mas só cumpriu 16 minutos repartidos pelos últimos dois encontros do Desportivo das Aves, após ter debelado uma fratura do quinto metatarso do pé direito, que o deixou “frustrado”, já que “estava a precisar de jogar” e vinha com “vontade de se mostrar”.

“Só que apareceu o vírus. Sinceramente, [esta pausa] não podia ter aparecido em melhor altura, porque me permitiu recuperar melhor da lesão e perder menos jogos, mas também me deu mais tempo para me adaptar e para tudo o que era necessário”, analisou o médio, que se evidenciou nas últimas duas épocas ao serviço dos escoceses do Kilmarnock.

O Desportivo das Aves trabalha na máxima força para a receção ao Belenenses SAD, 13.º colocado do campeonato, com 26 pontos, em 05 de junho, à exceção de um jogador que permanece em isolamento e cuja identidade não foi revelada, após ter apresentado na segunda-feira um resultado inconclusivo no segundo teste de despistagem à covid-19.

Os nortenhos têm atravessado uma série de contrariedades desportivas, diretivas e financeiras desde agosto e podem perder dois a cinco pontos pelo atraso salarial verificado entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, que a SAD justificou com a paralisação da atividade económica na China, motivada pelo novo coronavírus.

O processo seguiu da Liga de clubes para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol em 03 de abril, originando as rescisões unilaterais do guarda-redes francês Quentin Beunardeau e do avançado brasileiro Welinton Júnior, enquanto a administração do chinês Wei Zhao liquidava verbas aos plantéis principal e sub-23.

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