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Gás de Moçambique sem atraso relevante um ano após decisão de investimento - regulador

Um ano depois da decisão final de investimento, o maior projeto de gás em construção em Moçambique «está muito próximo do cronograma inicial», disse hoje Carlos Zacarias, líder da entidade reguladora do setor.

Gás de Moçambique sem atraso relevante um ano após decisão de investimento - regulador

Apesar de ter havido um surto de covid-19 no recinto de construção do complexo industrial, na Península de Afungi, a situação foi dada como resolvida no início deste mês e a área será palco de uma visita do ministro dos Recursos Minerais e Energia esta sexta-feira.

Nem a pandemia nem os ataques armados na região em redor do investimento comprometeram a meta: a Total mantém o ano de 2024 como prazo previsto para iniciar a produção naquele que é o maior projeto de investimento em curso em África.

O que mais mudou neste último ano foi o preço do barril de petróleo, uma das variáveis em que assenta a sustentabilidade do projeto, que caiu para cerca de metade.

Os cenários base para os três projetos de gás, localizados na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, foram feitos a partir do pressuposto de que o barril de petróleo (brent) esteja "entre 45 e 60 dólares", consoante o projeto, referiu o presidente do Instituto Nacional de Petróleo (INP).

Há um ano estava na casa dos 60 dólares, mas após o impacto da covid-19 está em cerca de 40.

Zacarias referiu, no entanto, que os projetos moçambicanos só deverão entrar em plena produção a partir de 2023, no caso do projeto Coral Sul, e 2025, para o projeto da Área 1.

Na altura, "os preços deverão estar a esse nível [dos cenários base respetivos] para o projeto ser sustentável", sublinhou, acrescentando que o preço do petróleo é apenas uma das variáveis que vai definir o valor da riqueza em que se depositam as maiores esperanças para o desenvolvimento de Moçambique na próxima década.

Zacarias falava aos jornalistas em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, onde as autoridades governamentais iniciaram hoje um encontro de dois dias com o consórcio da Área 1 de exploração de gás natural em Moçambique, liderado pela Total.

A decisão final de investimento na Área 1 foi anunciada há um ano durante uma cerimónia em Maputo em que participou o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, numa altura em que o projeto ainda era liderado pela petrolífera norte-americana Anadarko - que venderia a participação à Total em setembro.

A petrolífera francesa lidera o consórcio com 26,5%, ao lado da japonesa Mitsui (20%) e da petrolífera estatal moçambicana ENH (15%), cabendo outras participações à indiana ONGC Videsh (10%) e à sua participada Beas (10%), à Bharat Petro Resources (10%), e à tailandesa PTTEP (8,5%).

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