Ricardo Soares: «Pensamos sempre em vencer, respeitando sempre os adversários»

"Pensamos sempre em vencer, respeitando sempre os adversários, que têm qualidade. Este também tem qualidade e está a fazer pela vida.

Em relação às alterações [nove face ao ‘onze’ anterior], temos vindo a fazer uma gestão adequada [do plantel], e eu coloquei aqueles que considerei melhores para este jogo. Os jogadores não fugiram ao nosso ADN. Na primeira parte, fomos dominadores e, em alguns momentos, avassaladores, criando oportunidades com muita qualidade.

Na segunda parte, apesar do cansaço, fruto dos jogos de quatro em quatro dias, estivemos muito bem ao nível do compromisso. Não concedemos qualquer oportunidade de golo em bola corrida, mas voltámos a sofrer de bola parada. Ultimamente, só sofremos um golo de bola corrida, contra o Famalicão [1-1].

Senti um amargo de boca, porque, na totalidade do jogo, fomos melhores. Estivemos sempre mais perto de marcar golos. O Paços não conseguiu penetrar na nossa estrutura e isto é fruto da nossa organização. Optámos por gerir o jogo sem bola, mas foi difícil face ao desgaste energético da minha equipa e da pressão do Paços de Ferreira. Estivemos sempre coesos, mas há que dar o mérito aos adversários na bola parada. Devíamos ter ganhado, mas estou ciente de que o adversário trabalhou muito. Nesse sentido, o empate é justo.

É um orgulho [ver os jogadores a renderem, apesar das mudanças no ‘onze']. Comigo, todos contam. Ninguém fica para trás. Queremos que todos se sintam importantes. Não sabíamos que ia acontecer a pandemia e que íamos jogar de quatro em quatro dias. Só uma equipa com uma grande crença no processo de jogo consegue jogar como temos jogado. Tirando o jogo com o Boavista [triunfo ‘cónego' por 1-0], em que não estávamos preparados para ir a jogo, estivemos sempre bem. Confio nos meus jogadores. Se é assim, não faz sentido manter os mesmos jogadores, quando os posso colocar em risco de lesão".