Os sócios da Oliveirense aprovaram hoje os relatórios de contas da época passada, que fechou com um lucro de cerca de 500.000 euros, e o orçamento e plano de atividades da próxima temporada, que prevê prejuízos.
Durante a Assembleia-Geral desta noite, 40 associados aprovaram o plano de atividades para 2020/2021 e aprovaram o relatório e contas de 2019/2020, com uma abstenção nos dois sufrágios.
“Este ano [a Oliveirense] tem lucro bastante significativo e isso deve-se à transformação da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) em Sociedade Anónima Desportiva (SAD) e à alienação de 70% da parte do futebol. O valor do lucro está no relatório, em termos gerais ultrapassa os 500.000, depois de impostos anda à volta dos 400.000 euros”, afirmou o presidente, Horácio Bastos, em declarações aos jornalistas.
Pela primeira vez, o clube divulgou aos sócios um orçamento e plano de atividades para a temporada seguinte, no qual apresentou um orçamento superior a 2,5 milhões de euros e perspetiva prejuízos, tendo em conta o meio ano já decorrido, e que pode variar caso os campeonatos retomem ou não.
“O que perspetivamos é um prejuízo durante o ano 2020, mas bastante controlado. Temos uma estimativa de saldo negativo de 30.000 euros, pode ficar positivo ou ainda mais negativo. Não passa de um orçamento, é o que estimamos, temos uma crise pandémica e não sabemos o tempo que vai durar”, explicou.
No orçamento da próxima temporada está previsto o início do projeto de construção do novo centro de treinos de futebol, que “terá um custo de 1,5 milhões de euros”, e que “estava contratualizado na venda da SAD”, ainda sem local definido, mas “certamente no concelho de Oliveira de Azeméis” e que engloba a compra de um terreno.
“Andamos à procura. Logo que tenhamos terreno, a primeira tranche desse investimento – o que está contratualizado – é para ser paga em janeiro de 2021 e, nessa altura, já expectamos ter o terreno decidido para o adquirir e começar a obra. Temos dois ou três em vista, em duas freguesias de Oliveira de Azeméis. Se não conseguirmos fazer esse negócio, há alguma possibilidade da autarquia ceder-nos o terreno. Se não gastarmos na compra do terreno, temos mais dinheiro para investir na infraestrutura”, detalhou Horácio Bastos.