A selecção dos Estados Unidos surpreendeu hoje a favorita Espanha, ao vencer por 2-0, com golos de Altidore (27 minutos) e Dempsey (74), qualificando-se para a final da Taça das Confederações em futebol.
A Espanha, actual campeã europeia, vinha de um ciclo de 35 jogos sem perder, igualando o recorde do Brasil, mas esta derrota impediu os espanhóis, que tinham sofrido a última derrota frente à Roménia, a 15 de Novembro de 2006, de superarem os brasileiros que estiveram sem perder entre Dezembro de 1993 a Janeiro de 1996.
A verdade é que a Espanha, detentora do recorde de 15 vitórias consecutivas, foi surpreendida pela estratégia do seleccionador Bob Bradley, que alinhou com quatro jogadores de características ofensivas (Donovan e Dempsey sobre as alas, no apoio aos pontas-de-lança Davies e Altidore).
As primeiras situações de golo pertenceram aos norte-americanos e foi sem surpresa que Altidore inaugurou o marcador aos 27 minutos, perante uma selecção de Espanha incapaz de impor o seu jogo face à forma como o adversário se organizou defensivamente, tapando todos os espaços.
Só na primeira meia-hora da segunda parte é que a Espanha conseguiu reagir, valendo aos norte-americanos o guarda-redes Tim Howard e também alguma sorte.
A ''estocada'' final foi dada a um quarto de hora do final, após um erro de Sérgio Ramos, que quis controlar a bola numa zona proibida e acabou por perdê-la para Dempsey, que marcou o segundo golo e arrumou a questão do vencedor.
Se a Espanha confirmou ter melhores valores individuais, os Estados Unidos superiorizaram-se claramente na estratégia de jogo e no plano colectivo, mesmo tendo terminado com apenas 10 jogadores, devido à expulsão de Bradley aos 87 minutos, por cartão vermelho directo.
A equipa norte-americana fica à espera do resultado do jogo de quinta-feira, entre o Brasil e a anfitriã África do Sul, para conhecer o adversário na final da prova, marcada para domingo, em Joanesburgo.