O treinador do Rio Ave, Pedro Cunha, garantiu, hoje que «ganhar é o único pensamento da equipa», para o jogo desta sexta-feira, frente ao Portimonense, da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
"Já não ganhamos há algum tempo no campeonato [seis jogos consecutivos], e sabemos que vamos encarar um adversário difícil, forte a atacar e com um jogo objetivo, mas preparamo-nos para sermos melhores. Só temos um pensamento na nossa cabeça que é ganhar", disse o treinador.
Pedro Cunha, que assumiu o comando da equipa na semana passada após a saída de Mário Silva, estreou-se com uma derrota em Paços de Ferreira [2-0], e reconheceu que "não houve muito tempo para trabalhar", mas disse já ter identificado alguns problemas.
"Precisámos de aumentar os nossos níveis de agressividade, com e sem bola. Acredito muito no processo de treino e potenciamos exercícios nesse sentido. De certeza que os jogadores vão adquirir esse processo, porque têm estado muito compenetrados", partilhou.
A formação vila-condense está numa invulgar situação na tabela classificativa, a apenas a um ponto dos lugares de descida, e Pedro Cunha assumiu que tal "abala o grupo", mas mostrou-se convicto que os jogadores "vão dar a volta à situação".
"Se os jogadores sabem pensar grande, também tem consciência que nos momentos difíceis precisam de aparecer e mostrar-se. Quem abana com o stress não vai chegar lá. Acredito que temos homens e jogadores para inverter este trajeto", garantiu o treinador do Rio Ave.
Questionado se sente uma pressão acrescida no seu trabalho, uma vez que foi apresentado pelo clube com "técnico interino", Pedro Cunha considerou que esse é um estado "inerente a qualquer treinador".
"Quem tem pressão são as pessoas que devido à pandemia estão desempregadas. Nós estamos a fazer o que amamos e somos pago a tempo e horas. Estes jogadores têm de transformar a pressão em coisas boas. Estão unidos para isso", garantiu o técnico vila-condense.
Pedro Cunha admitiu que poderá haver reajustes no plantel nesta reabertura do mercado de transferências, nomeadamente no ataque, que ficou com menos soluções com a rescisão do ponta de lança Bruno Moreira.
"Nesta fase acho que todas as equipas vão contratar e ver sair jogadores. O Rio Ave não foge à regra. O nosso problema [de marcar poucos golos] não é só do ponta de lança, falta agressividade ofensiva para que bola lhe chegue mais vezes. Mas, agora, é com este grupo que temos de criar condições para sermos mais eficazes", concluiu o técnico.
Além de já não poder contar com Bruno Moreira, Pedro Cunha também não tem disponível para a receção aos algarvios Junio Rocha, Jambor e Filipe Augusto, lesionados, além de Léo Vieira e Diego Lopes, que estão em isolamento profilático devido à pandemia de covid-19.
O Rio Ave, 16.º classificado com 11 pontos, recebe esta sexta-feira o Portimonense, 14.º também com 11, numa partida agendada para as 19:00, com arbitragem de Luís Godinho, da Associação de Futebol de Évora.