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Boavista: Jesualdo Ferreira vinca apelo a «critérios mais claros» da arbitragem na I Liga

O treinador do Boavista, Jesualdo Ferreira, reforçou hoje o apelo à introdução de «critérios mais claros» pelas equipas de arbitragens nos encontros da I Liga de futebol, na véspera da receção ao Marítimo, na abertura da 29.ª jornada.

“Por exemplo, haver um penálti em que não há cartão amarelo e haver um outro penálti em que há expulsão, porque já havia um amarelo anterior. Estas questões interrogam-me se não haverá outro caminho a seguir para bem do jogo e da estabilidade emocional dos próprios árbitros”, ilustrou o técnico, em declarações nas redes sociais dos portuenses.

O técnico referia-se à expulsão do defesa equatoriano Jackson Porozo, que viu dois cartões amarelos no início da segunda parte da derrota de quarta-feira em Braga (2-1) e deixou o Boavista a jogar em inferioridade numérica pela terceira vez nas últimas quatro rondas.

“Aos 20 segundos, fez uma falta. O árbitro dá penálti, o videoárbitro disse que não e ele leva um cartão amarelo que me parece perfeitamente correto. Oito minutos depois, o mesmo atleta desloca-se até à linha lateral e faz outra falta, em que toca na bola e num adversário que está de costas. Valia realmente a pena dar aquele vermelho?”, lançou.

Lamentando que o jogo tenha ficado “estragado”, Jesualdo Ferreira frisou a necessidade de fazer uma “reflexão pedagógica” e “sem o mínimo de crítica” às arbitragens, que já mostraram três cartões vermelhos diretos e cinco por duplo amarelo aos ‘axadrezados’.

“Com todos o respeito pelos árbitros e pela forma como interpretam a lei, direi que há árbitros seguidistas e árbitros que, seguindo as regras, são capazes de colocá-las de forma diferente no jogo e, muitas vezes, amenizar os problemas que daí acontecem. Sendo rigorosos, sabem medir as suas intervenções técnicas e disciplinares”, notou.

O Boavista lidera a tabela de cartões vermelhos da I Liga e contabiliza 276 minutos em inferioridade numérica, registo que, face aos principais campeonatos europeus, só é superado pelos 10 dos franceses do Marselha - cinco dos quais para lá dos 90 minutos.

“Já assisti a muitos jogos em que havia momentos em que, numa falta daquelas, o árbitro foi capaz de dizer ao jogador para moderar a agressividade e para a próxima ia embora e não saiu o amarelo. Quando isto não acontece dentro de um quadro do bom senso, começamos a pensar que há aqui falta de imparcialidade”, atirou o experiente treinador.

Num “desabafo de alguém que, ao fim deste tempo todo, já se cansou de jogar com menos um jogador”, Jesualdo Ferreira pediu “bom senso” na forma como os árbitros conduzem os jogos, fator que “qualquer liderança tem de ter e não está nas regras”.

“Grande parte das situações foi por nossa incompetência. Agora, quando não somos violentos - e quem me dera que a equipa tivesse sido mais agressiva por vezes - e temos o maior número de cartões vermelhos, percebo que fomos penalizados pela falta de bom senso que os árbitros têm manifestado e que eu tive oportunidade de observar”, insistiu.

Os ‘axadrezados’ permanecem inseridos numa acesa luta pela manutenção e entrarão com o “espírito de jogar uma final” diante do Marítimo, motivados pelos sete pontos obtidos nas quatro rondas seguintes à pausa para os encontros das seleções nacionais.

“Estamos naquela fase em que não se pode andar para trás e só se pode andar para a frente. O estado de espírito é bom, a expectativa é boa e vamos jogar as fichas todas neste jogo. Tenho a certeza de que seremos capazes de jogar a um nível superior face àquilo que fizemos com Paços de Ferreira [triunfo por 2-0] e Rio Ave [3-3]”, concluiu.

O Boavista, 15.º, com 28 pontos, três acima da zona de descida, recebe o Marítimo, 16.º e antepenúltimo, com 27, no domingo, às 15:00, no Estádio do Bessa, no Porto, em jogo da 29.ª jornada, com arbitragem de João Pinheiro, da associação de Braga.

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