Crónica: Golo de Tagueu vale empate preciso ao Marítimo em Paços de Ferreira

Os pacenses ficaram a dever a si próprios um melhor resultado, em especial após uma primeira parte de sentido único, na qual chegaram à vantagem por Luiz Carlos, aos 12 minutos, respondendo os insulares pelo avançado camaronês já perto do intervalo, no primeiro remate à baliza de Jordi.

Com este empate, o Paços de Ferreira, que já garantiu a participação nas competições europeias na próxima época, passou a somar 50 pontos, reforçando o quinto lugar, que poderá confirmar caso o perseguidor Vitória de Guimarães, sexto, com 42, não vença na receção ao Famalicão, na quarta-feira.

O Marítimo, por sua vez, ocupa o 14.º lugar, continuando envolvido nas contas da permanência, mas agora com 34 pontos.

No Paços, Fernando Fonseca e Hélder Ferreira cumpriram castigo e regressam às opções para o ‘onze', ao qual se juntou ainda Bruno Costa, substituindo Jorge Silva, Ibrahim e Uilton, relegados para o banco de suplentes, enquanto René Santos, castigado, e Alipour deram o seu lugar na equipa inicial do Marítimo a Bambock e Correa.

Pepa, na antevisão, insistira em "colocar a cereja no topo do bolo" frente aos insulares, garantindo desde logo o quinto lugar, e isso passava pela vitória, algo que os jogadores pacenses trataram de procurar desde o apito inicial.

Com as zonas de pressão bem identificadas, geralmente em zonas ‘subidas’ do terreno, os locais ganhavam rapidamente a bola e, depois, em posse, recorriam a um futebol enleante, de pé para pé, muitas vezes ao primeiro toque, obrigando os adversários, literalmente, a correr atrás da bola.

Num jogo de sentido único, não estranhou o golo marcado aos 12 minutos, por Luiz Carlos. O médio brasileiro do Paços beneficiou de um desvio ao primeiro poste e, depois, bateu Amir de cabeça, algo que poderia ter acontecido no lance anterior, também após canto, mas Marco baixinho acertou no poste.

O Marítimo não tinha a posse de bola e não conseguia reagir, limitando-se a ver jogar o Paços, que voltou a criar perigo num remate de longe de João Amaral, aos 21 minutos, mas seria Hélder Ferreira a desperdiçar o lance mais flagrante, aos 31, numa emenda tão devagar à frente da baliza de Amir que possibilitou a anulação do lance.

O Paços não marcou e viria a sofrer o empate no primeiro remate do Marítimo, aos 40 minutos. Cláudio Winck cruzou da direita e o avançado camaronês Joel Tagueu cabeceou, levando a bola a embater nos dois postes antes de entrar na baliza do desamparado Jordi.

Este lance deu algum ânimo ao Marítimo, que surgiu na segunda parte mais ‘subido’ no terreno e agressivo sem bola, uma estratégia que lhe permitiu ter mais a sua posse e dispor de um novo lance para marcar, aos 62 minutos, por Correa, após cruzamento de Rúben Macedo, em campo após o intervalo.

Menos intensos e ‘ligados’ neste período, os pacenses não conseguiram repetir a superioridade, dividindo mais o jogo, e o melhor que conseguiram foi o ‘susto' provocado por Uilton, num centro-remate que quase enganava Amir, aos 73 minutos.