A Eslováquia causou hoje surpresa no Euro2020 de futebol ao vencer a Polónia, treinada pelo português Paulo Sousa, por 2-1, no grupo E, mas só para quem não viu o jogo, porque foi claramente superior no plano coletivo.
A vitória eslovaca começou a ‘desenhar-se’ logo aos 18 minutos, com um autogolo do guarda-redes polaco, após um grande trabalho de Mak, não obstante a Polónia ter chegado ao empate logo no início da segunda parte, aos 46, através de Linetty, com o golo decisivo a surgir aos 69, por Skrinyar, na sequência de um pontapé de canto.
A equipa de Paulo Sousa teve uma boa entrada em jogo, pressionante, agressiva, a jogar com as linhas subidas, a criar grandes dificuldades aos eslovacos na saída de bola, mais eis que uma abordagem displicente de dois jogadores, Józwiak e Bereszynski, só com Mak pela frente, encurralado junto à linha lateral, permitiram que este se esgueirasse a ambos, avançasse pela área e rematasse, com a bola a desviar no central Glik, a bater no poste, depois no ombro do guarda-redes Szcesny, e a entrar na baliza.
A partir daí, até ao intervalo, só deu Eslováquia, que fez uma demonstração de força coletiva, coesa e sólida a defender, rápida a sair em ataque rápido, perante uma Polónia perdida em campo, incapaz de ligar o seu jogo, deixando o ‘Bola de Ouro’ Robert Lewandowski como uma ‘ilha’ no ‘oceano’ de defesas eslovacos.
A Polónia, sem o ter justificado, conseguiu empatar logo no primeiro minuto da segunda parte, na sequência de uma boa combinação pela meia esquerda, com Klich a abrir para a subida de Rybus, que cruzou atrasado para o coração da área, onde apareceu Linetty a rematar.
O empate teve o condão de estabilizar a equipa, que esteve intranquila em quase toda a primeira parte, as circunstâncias pareciam favorecer a reviravolta no marcador, mas eis que, decorria o minuto 62, Krychowiak comprometeu as aspirações da sua equipa ao ver o segundo cartão amarelo por pisar um adversário, forçando Paulo Sousa a reformular o posicionamento tático dos jogadores, com Zielinski a recuar e a deixar Lewandowski mais entregue a si próprio.
Seis minutos depois, a Eslováquia, com todo o mérito, voltou para a dianteira do marcador, por Skriniar, na sequência de um canto, ao qual Hamsik correspondeu com um desvio na zona do primeiro poste, com o central do Inter a receber a segunda bola e a rematar de pé direito para o fundo das redes.
Na frente do marcador e em superioridade numérica, a equipa eslovaca, cuja maior virtude foi defender de forma compacta e ter capacidade para sair em contra-ataque e ataques rápidos, nos quais revelaram estar rotinados, geriu o golo de vantagem e só sentiu dificuldades nos derradeiros minutos perante o ‘tudo ou nada’ da Polónia, que melhorou no último quarto de hora com as substituições operadas por Paulo Sousa.
O Grupo E do Euro2020, integra igualmente as seleções de Espanha e da Suécia, que se defrontam hoje.
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