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Real Madrid e Barcelona fora de acordo multimilionário aprovado pela maioria dos clubes

A maioria dos clubes espanhóis aprovaram hoje um acordo multibilionário com um fundo de investimento, do qual ficaram fora quatro clubes, entre eles os ‘gigantes’ Real Madrid e Barcelona.

Real Madrid e Barcelona fora de acordo multimilionário aprovado pela maioria dos clubes

A Liga informou que 38 dos 42 clubes da I e II Ligas de Espanha votaram a favor do acordo com a empresa ‘Private Equity (CVC), o qual visa melhorar as finanças dos clubes e ajudar a Liga a reduzir o domínio global da I Liga inglesa (Premier League), estimando-se um encaixe para a Liga que pode chegar aos 2,7 mil milhões de euros.

A Liga e o CVC deram aos quatro clubes – o Athletic Bilbao também se opôs ao acordo e o nome do quarto clube não foi divulgado – que votaram contra o acordo a opção de sair, o que, a concretizar-se, significa que não beneficiam dos novos fundos e não abrem mão de uma percentagem das suas receitas futuras.

O Real Madrid e o Barcelona alegaram que o acordo, embora injete um fluxo significativo de dinheiro nos próximos três anos, prejudicaria a renda dos clubes com os direitos de transmissão no longo prazo, uma vez que estariam vinculados ao mesmo nos próximos 50 anos.

O presidente da liga espanhola, Javier Tebas, estimou que o valor dos direitos de transmissão da Liga aumentará 30 por cento na próxima década graças ao acordo com a CVC e considerou que a oposição do Real Madrid estava relacionada com a proposta de criação da Superliga Europeia, que fracassou no início deste ano.

“Esta injeção de dinheiro na Liga não é boa para o tipo de competição que Florentino [Pérez, presidente do Real Madrid] quer criar”, disse Tebas.

O Real Madrid, o Barcelona e a Juventus são os únicos três clubes que ainda não desistiram totalmente da ideia da Superliga, que envolveria apenas alguns dos principais clubes europeus e poderia enfraquecer as ligas nacionais.

De resto, os dois ‘grandes’ de Espanha já haviam dito que planeavam entrar com uma ação legal contra a Liga e o CVC, se o acordo fosse aprovado pela Assembleia Geral da Liga.

O Real Madrid lembrou que as Ligas italiana e alemã recusaram o acordo com o CVC por terem sentido que o mesmo iria desvalorizar os seus campeonatos.

A Liga espanhola foi avaliada em 24,2 mil milhões de euros no negócio com a CVC, que era dona da Fórmula 1 e está envolvida em outros empreendimentos relacionados com o desporto.

A avaliação não mudaria se Barcelona e Madrid optassem por sair, esclareceu a Liga, embora ressalve que o valor do investimento seria reduzido para cerca de 2,1 mil milhões de euros, uma vez que os clubes que optaram por não subscrever o acordo não receberiam quaisquer fundos.

“É surpreendente que o FC Barcelona não queira 275 milhões de euros. Não temos que forçar ninguém a um acordo como este. O importante é que os outros 38 clubes estão muito felizes com isso. A Liga está acima dos clubes e vai continuar a crescer”, disse Tebas.

O presidente da Liga foi mais longe e disse mesmo que este acordo poderia ter ajudado o FC Barcelona a firmar um novo contrato com Lionel Messi, caso o clube o tivesse aceitado, e que “dói” perder Messi, mas salientou que a Liga tem trabalhado muito para garantir que o valor de seus direitos audiovisuais não seja afetado pela saída de jogadores.

“Queremos sempre os melhores jogadores na Liga espanhola. O Neymar saiu, o Cristiano Ronaldo saiu, o Messi saiu. Contam, ajudam, mas não são indispensáveis. Continuaremos a crescer e não tenho dúvidas de que nos aproximaremos da ‘Premier League’, apesar de não contarmos com Messi”, reforçou Javier Tebas.

Como parte do acordo, a CVC teria uma participação de cerca de 10 por cento das receitas da Liga e uma participação de 10 por cento numa nova entidade comercial, enquanto os clubes receberiam 90 por cento do dinheiro pago pela CVC, sendo 70 por cento direcionados para investimentos de longo prazo, e outra parte canalizada para pagar dívidas e aumentar a margem de gastos com jogadores e treinadores.

A Liga esclareceu ainda que a CVC não terá controlo sobre a gestão da competição, nem sobre a venda de seus direitos de transmissão.

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