Filipe Cândido: «Tenho de dar os parabéns aos rapazes por aquilo que fizeram»

“Fomos à procura, não de quebrar com algumas coisas que vinham a ser feitas, mas que os setores estivessem compactos e juntos no processo defensivo. Para este jogo em questão, e em função das opções que tivemos, fomos procurando ter mais linhas de pressão, através do posicionamento dos dois homens da frente, e tentar controlar a construção do Boavista pelo jogo interior.

À exceção de um ou outro cruzamento, fomos conseguindo isso na primeira parte. Na realidade, tivemos bola em muitos momentos. Era uma das premissas. Sabíamos que o Boavista vinha pressionando e é sempre um campo difícil, pelo que ia ser um jogo extremamente complicado. Se lhes conseguíssemos ir retirando bola, os jogadores iam sentindo-se mais confiantes. Procurámos isso, mas faltou maior definição na frente.

Na segunda parte, não conseguimos ter bola como desejávamos. O treinador adversário jogou um pouco com o tempo do jogo, em função das substituições que fez. Sentíamos, à medida que o tempo fosse passando, que era natural que os jogadores se procurassem agarrar a, pelo menos, um ponto, quando não se consegue vencer. Com isso, foram deixando de ter um bom jogo posicional, mas o Boavista não criou tantas situações.

Tenho de dar os parabéns aos rapazes por aquilo que fizeram, pela valentia e coragem que tiveram, além da confiança mostrada em muitos momentos do jogo para tentar ser protagonistas do jogo, de uma outra forma que não só apenas no processo defensivo.

Não posso esconder que ficámos felizes. É um ponto, vínhamos à procura de discutir os três, mas, quando não se consegue vencer, é sempre a somar. O campeonato é feito de pontos. Vamos trabalhar muito no sentido de dotar a equipa de condições para discutir todos os jogos, porque essa vitória terá de chegar e os jogadores merecem-na. É ir acreditando no processo, no potencial individual e na preparação estratégica dos jogos.”