Marisa Gomes: «Não foi pela fadiga que perdemos»

“Não foi pela fadiga que perdemos. Também não foi por falta de organização, foi por questões de detalhe. É verdade que iniciámos o jogo e estivemos muito bem. Tivemos, na primeira parte, mais oportunidades do que a Alemanha, mas o futebol é de eficácia e nós não fomos eficazes.

Contudo, gostaria de enaltecer a capacidade de resposta das miúdas, não só em termos físicos, como em termos de organização de jogo, porque a Alemanha foi-se ajustando, ao intervalo mudou algumas coisas, e nós conseguimos responder, manter o nível de jogo e, mesmo quando a equipa estava partida, criar algumas oportunidades.

E vimos a Alemanha a acabar o jogo a fazer antijogo. Se fôssemos pensar nisto antes do jogo, se calhar não acharíamos possível. Estou muito orgulhosa daquilo que as miúdas fizeram hoje, do trabalho da equipa e da capacidade de resposta individual de cada uma.

Vamos partir para terceiro jogo muito felizes com o que já foi feito neste apuramento. O objetivo de ficar na Liga A é fundamental, porque estas miúdas merecem estar numa fase final. Hoje, pelo jogo que vimos, são competentes para jogar uma fase final e disputar um jogo contra qualquer equipa.

Também sabemos que estas miúdas precisam de crescer. E, como crescem na adversidade, temos de ir a uma fase final para lhes garantir essas condições e para que, no final da época, tenham um maior número de jogos internacionais e de ações contra as melhores jogadoras. Hoje, jogaram contra a equipa número um do ‘ranking’ da idade delas e, se jogassem sem camisolas, se calhar havia pessoas que diriam que a Alemanha era a nossa equipa.”