A seleção portuguesa de futebol de sub-21 voltou hoje às goleadas, batendo o Chipre por 6-0 no Estádio de São Luís, em Faro, e somando a quinta vitória em cinco jogos no Grupo D de qualificação para o Euro2023.
Portugal, que à exceção da goleada ao Liechtenstein (11-0), só tinha vitórias pela margem mínima (1-0) nesta fase de apuramento, voltou a mostrar-se eficaz para festejar com larga margem, com golos de Gonçalo Ramos (seis, 53 e 61 minutos), Gonçalo Inácio (21), Fábio Vieira (51) e Henrique Araújo (71).
Em relação à vitória de sexta-feira (1-0) no Chipre, Rui Jorge – substituído no banco pelo adjunto Romeu Almeida, depois de na semana passada ter testado positivo ao novo coronavírus – foi obrigado a uma alteração forçada no ‘onze’, com a saída de André Almeida (isolamento profilático) e a entrada de Afonso Sousa.
Com o habitual losango de criativos no meio-campo, a seleção portuguesa ‘pegou’ na bola desde o minuto inicial e, com um futebol combinativo, demorou apenas seis minutos a chegar à vantagem, logo no primeiro remate efetuado à baliza cipriota.
Fábio Vieira colocou longo na grande área para Vítor Ferreira, mas Shelis cortou a bola de forma incompleta em zona proibida, sobrando para a conclusão fulminante do algarvio Gonçalo Ramos, a jogar num terreno onde o pai, Manuel Ramos, se evidenciou pelo Farense há duas décadas.
Portugal, a dominar a partida a seu bel-prazer, continuou ‘por cima’ nos minutos seguintes à procura do segundo golo, que só não chegou, aos 12, porque Gonçalo Ramos falhou a ‘mira’ num cabeceamento perigoso, dentro da área.
No primeiro assomo ofensivo cipriota, Ioannou desperdiçou excelente ocasião com um remate à figura de Celton Biai (20), e a equipa das ‘quinas’ foi bem mais eficaz na jogada seguinte: após canto de Fábio Vieira, Gonçalo Inácio cabeceou sem oposição para o 2-0.
Quase à meia hora de jogo (29), os portugueses beneficiaram de uma grande penalidade, após falta de Ioannou sobre Afonso Sousa, mas Fábio Silva desperdiçou o ‘castigo máximo’, permitindo a defesa de Kittos com os pés.
O guarda-redes do Chipre voltou a exibir-se em grande plano nos descontos do primeiro tempo (45+2), defendendo com grande estirada um cabeceamento de ‘raspão’ de Gonçalo Ramos, após cruzamento de Nuno Tavares.
No regresso dos balneários, a equipa portuguesa, hoje bem mais eficaz, foi demolidora no primeiro quarto de hora, com os golos a aparecerem naturalmente, por Fábio Vieira, na execução perfeita de um livre direto (51), e Gonçalo Ramos (53 e 61), que já leva oito na fase de apuramento.
Com a vitória garantida, chegaram as substituições e um desses suplentes, Henrique Araújo, assinou, após excelente passe de Afonso Sousa, o sexto golo da partida poucos minutos depois de entrar (71), desperdiçando o sétimo logo de seguida (73).
Portugal, que continua líder do Grupo D, com 15 pontos - mais um do que a Grécia, que tem mais um jogo -, diminuiu a sua dinâmica e deu alguns espaços ao Chipre, que só não marcou, aos 75, porque Celton Biai impediu o golo com uma grande defesa a ‘tiro’ de Katsantonis, mas Tiago Dantas (85) e Henrique Araújo (90+1) também desperdiçaram o sétimo tento português.
Seguem para a fase final do Europeu de sub-21, a disputar na Roménia e na Geórgia de 09 de junho a 02 de julho de 2023, os nove vencedores de grupos e o melhor segundo classificado, enquanto os restantes oito segundos vão disputar os ‘play-offs’.