O treinador do Arouca admitiu hoje que a deslocação ao terreno do B SAD pode valer mais do que três pontos, já que pode travar um adversário direto na luta pela manutenção na I Liga de futebol.
“São três pontos garantidos para a equipa que sai com eles e não permite à outra equipa que os some. Isso pode reforçar um distanciamento na tabela classificativa. Por isso, perspetivo um jogo equilibrado, muito pensado, até porque o Belenenses SAD tem demonstrado uma grande evolução na forma de jogar”, perspetivou Armando Evangelista.
Apesar das cinco derrotas consecutivas do adversário, que ocupa o último lugar da tabela, com oito pontos, o técnico arouquense destacou a evolução do processo ofensivo e a quantidade de oportunidades criadas na última jornada, na derrota por 2-0 no terreno do Vizela.
“Neste momento têm capacidade de jogar nos três corredores, nos corredores laterais principalmente. No corredor central têm um ou outro elemento com capacidade – o Afonso Sousa – para jogar entre linhas. Essas são as dificuldades que vamos ter pela frente, mas com a ambição de que podemos e queremos conquistar esses pontos para somar aos que temos. Estão-nos a fazer falta, uma vitória faz falta”, prosseguiu.
Sem vencer há quatro jogos e sem triunfos fora de portas, o Arouca vai procurar responder à pesada derrota ‘caseira’ da última jornada perante o Sporting de Braga (6-0), algo que poderia fragilizar o espírito e mentalidade do plantel, mas Armando Evangelista garantiu que estes desaires têm sido trabalhados desde o início da época.
“Uma equipa que vai perder mais jogos, tem que se preparar para perder mais vezes. Se estivermos à espera das derrotas para intervir mentalmente nos jogadores, não vamos a tempo. É um trabalho feito desde o início da época, mesmo na hora de contratar, os jogadores têm de saber a realidade que vão encontrar”, explicou.
Nesse sentido, o treinador disse que há uma questão fundamental que passa por “não desfocar, nem desviar do que é o trajeto” delineado pela sua equipa técnica, que já sabia de “antemão as dificuldades” que iam encontrar, mas mantém-se convicta daquilo a que se propôs no início da época.
No que toca às ausências, Fernando Castro, Sema Velázquéz e Yaw Moses continuam a recuperar de intervenções cirúrgicas e o último está também infetado com covid-19, tal como Norbert e Or Dasa, enquanto o defesa-central Campi se junta à lista de indisponíveis com um problema muscular.
Relativamente ao mercado de transferências, admitiu que há “muito por onde melhorar”, mas que um clube como o Arouca depende das oportunidades que o mercado oferece, revelando ainda ter “alvos definidos, tentados e contactados”.
“Só que a verdade é que o próprio atleta ou agente espera por melhores perspetivas e por vezes temos de esperar pelo final do mercado para acrescentar qualidade. Contratar para não acrescentar mais vale estar quieto. São as leis do mercado que ditam isso mesmo, não é que o trabalho não esteja feito ou não estejam identificados alvos”, vincou.
O Belenenses SAD, 18.º e último classificado, com oito pontos, recebe no domingo o Arouca, 15.º, com 14, no Estádio Nacional, em Oeiras, às 20:30, para a 17.ª ronda da I Liga portuguesa de futebol, com arbitragem de David Silva, da associação do Porto.