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Ricardo Soares: «Independentemente do resultado, temos uma identidade e não abdicamos dela»

Declarações de Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, após o jogo Boavista-Gil Vicente (1-1), da 18.ª jornada da I Liga de futebol, disputado no Porto.

Ricardo Soares: «Independentemente do resultado, temos uma identidade e não abdicamos dela»

“Sofremos um golo de bola parada, mas penso que há mais mérito do Boavista do que demérito nosso. Depois, é uma equipa que em casa se torna extremamente forte, apoiada por estes adeptos. É agressiva, muito bem organizada defensivamente e estava na sua zona de conforto, porque nos retirou espaço e tem capacidade para sair em transição e criar imensos problemas na frente.

Por outro lado, não nos perturbámos e estabilizámos à medida que o tempo foi passando. Na verdade, fomos pouco ofensivos na primeira parte, mas gostava de dar mais mérito ao Boavista. Conversámos ao intervalo e sabíamos que tínhamos de ser muito pacientes.

Não entrámos tão bem como projetámos, mas, depois das substituições, começámos a ter mais posse de bola e agressividade nos movimentos à profundidade. O Boavista teve dificuldades e numa excelente jogada conseguimos romper por dentro e fazer o empate.

Penso que foi justo [o resultado]. Não me custa admitir que queríamos ter feito um jogo com mais qualidade. Essencialmente, foi um jogo muito competitivo, mas sem tanta qualidade. No entanto, um ponto somado é sempre bom para a nossa caminhada.

Há mais mérito do Boavista no controlo dos espaços. Ao apresentar uma linha de cinco defesas, à frente de outra de quatro, combate a largura e preenche bem por dentro. Conseguiu sair uma ou duas vezes, o que lhe dá muita confiança para estar sem bola.

Este Boavista não se enerva muito se não tiver a bola. Encarámos uma equipa agressiva no bom sentido, que disputou os lances com agressividade e intensidade. Podíamos ter tido maior paciência com bola para criar espaços em profundidade e atacar a baliza. Não esquecendo que o Boavista foi ligeiramente superior, penso que o empate foi justo.

Independentemente do resultado, temos uma identidade e não abdicamos dela. Esse é o lado positivo do jogo. É difícil encarar uma equipa tão organizada e tão baixa em campo. Só uma equipa com bons jogadores, a interpretarem muito bem aquilo que o jogo está a pedir, é que conseguiria hoje levar daqui pontos. À medida que o tempo ia passando, sabíamos que podia haver alguma intranquilidade, fruto de uma equipa que quer ganhar.

Não abdicámos desse processo e o nosso golo é fantástico. É uma excelente jogada e uma grande triangulação entre Giorgi Aburjania e Pedrinho e com um toque de classe do Samuel Lino. Deu-nos a certeza de que a jogar assim estamos mais perto de ganhar.

Em relação ao Samuel Lino, é um jogador diferenciado de todos e o futuro vai dar-me razão. É um jogador para outro patamar e já está noutro nível. Cresceu muito e recordo-me de uma entrevista que dei no final da época passada, na qual disse que, se ele não atingisse o nível que acreditava que podia atingir, iria sentir-me um pouco responsável.

Estou em condições de dizer que ele deu esse passo, fruto do seu trabalho. É um miúdo fantástico, está sempre preparado para aprender, trabalha imenso e hoje tem valências, nomeadamente táticas, que não tinha na época passada. Não duvido de que, com o desenrolar da época, vai ser cada vez mais preponderante e decisivo nesta equipa”.

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