O Sporting assegurou hoje a possibilidade de defender a Taça da Liga de futebol na final, ao vencer o Santa Clara por 2-1, em Leiria, 'vingando' a derrota sofrida em Ponta Delgada para a I Liga.
Os campeões nacionais e detentores do troféu impuseram-se aos açorianos, em Leiria, com golos do venezuelano Mikel Villanueva, aos 40, na própria baliza, e do espanhol Pablo Sarabia, aos 65, na conversão de uma grande penalidade, conseguindo a reviravolta no marcador, após o tento inaugural do brasileiro Lincoln, aos 32.
Na ‘ressaca’ do desaire caseiro frente ao Sporting de Braga para a Liga, por 2-1, o Sporting ‘vingou’, 19 dias depois, a primeira derrota sofrida no campeonato, por 3-2, na visita a Ponta Delgada, na 17.ª jornada, em 07 de janeiro, e vai disputar a sua segunda final da Taça da Liga consecutiva, no dérbi com o Benfica.
Sem o ponta de lança Paulinho no ‘onze’, o Sporting, desfalcado do capitão Sebastian Coates no eixo da defesa, apostou num trio mais dinâmico na frente do seu ‘3-4-3’, com Tabata, Pedro Gonçalves e Pablo Sarabia, demonstrando chegar à área do Santa Clara com facilidade, mas sem grande eficácia.
Na primeira parte, os micaelenses chegaram à área ‘leonina’ três vezes, sempre de bola parada, e uma delas com sucesso, aos 32 minutos, com um ‘tiro’ colocado de Lincoln, a bater Adán, que pareceu desacreditar num remate direto, ao colocar apenas dois opositores na barreira.
O médio ofensivo brasileiro do Santa Clara voltou a ‘ameaçar’, perto do intervalo, com um cruzamento-remate desviado por Cryzan, que se antecipou a Adán e desviou para o poste da baliza ‘verde e branca’.
O espanhol do Sporting já tinha sido o primeiro guarda-redes chamado a intervir, aos 13, quando segurou o cabeceamento de Cryzan, após o livre cobrado por Sagná, da esquerda, ao impedir o desvio de Boateng.
Do lado ‘verde e branco’, destacavam-se as iniciativas de Tabata e Nuno Santos, remetido para a ala esquerda, num meio-campo mais combativo com Ugarte e Palhinha, provocando o golo do empate, aos 40.
Nuno Santos, lançado do meio-campo por Tabata, cruzou da linha de fundo e Mikel Villanueva tentou antecipar-se a Sarabia, acabando por marcar na própria baliza, naquela que era a repetição do primeiro lance de perigo do Sporting, aos 16, quando Ricardinho, primeiro, e, depois, o defesa venezuelano foram bem sucedidos a anular o perigo.
Já Tabata contou ainda com várias oportunidades de remate e, aos 30, de assistir Sarabia, após uma ‘oferta’ de Ricardo Fernandes numa reposição de bola, mas o espanhol rematou fraco e permitiu a defesa ao guarda-redes açoriano.
Após o intervalo, o Sporting voltou a impor o seu domínio e chegou à vantagem aos 65, na sequência de uma grande penalidade convertida de forma implacável por Sarabia, num lance que castigou um ‘corte’ com a mão, já na pequena área, de Rui Costa, que foi ainda penalizado com cartão vermelho direto.
Paulinho e Matheus Nunes foram as primeiras apostas de Rúben Amorim, logo após chegar à vantagem, por troca com Pedro Gonçalves e Palhinha, enquanto Mário Silva, face à inferioridade numérica, refrescou o agora mais recuado ‘onze’, entregando o ataque ao solitário Mohebi, substituto de Cryzan.
O Santa Clara, que já tinha superado o seu melhor registo em provas a eliminar, com os quartos de final da Taça de Portugal em 2020/21, manteve-se refém das bolas paradas para chegar à baliza ‘leonina’, enquanto o Sporting não conseguiu melhor do que três remates de Paulinho, aos 83, 89 e 90 minutos, o último sem oposição e com a baliza praticamente deserta.
O Sporting vai tentar vencer a Taça da Liga pela quarta vez – conquistou três títulos nas quatro últimas edições –, frente ao Benfica, recordista de triunfos, com sete, na sua sexta final, contra oito dos ‘encarnados’, no sábado, a partir das 19:45, novamente no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, num encontro que vai ser arbitrado por Manuel Mota, da associação de Braga.