Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na conferência de imprensa após a final da 15.ª edição da Taça da Liga de futebol, frente ao Benfica, disputada em Leiria, e que terminou com a vitória dos ‘leões’, por 2-1.
"Faltou fazer mais golos do que o Sporting. Foi um jogo competitivo, aberto, como estávamos à espera.
O Sporting entrou melhor no jogo, mas com o decorrer da primeira parte começámos a ter nós o controlo. Foi um jogo dividido, embora, aqui e ali, houvesse algum ‘frisson’ como o Sporting conseguia desenvolver os seus processos ofensivos.
Chegámos com mérito à vantagem e, naturalmente, a equipa ganhou confiança. Sofremos o golo num momento crítico, mas a equipa não vacilou, não abanou, continuou a querer ter a bola, mesmo sem o critério desejado no último terço.
Chegámos a zonas de finalização, mas, depois, temos dificuldades.
Sofremos o segundo golo numa jogada de transição e, depois, tivemos de arriscar. A equipa, com compromisso e atitude, chegou com perigo à baliza do Sporting, mas o que conta é que não ganhámos.
Temos de trabalhar, é um processo contínuo, temos de crescer no processo ofensivo e no processo defensivo. Também temos de dar mérito às estruturas das outras equipas, que nos colocam estas dificuldades.
[Os adeptos] estão chateados e frustrados, mas não mais do que nós. Era um objetivo [vencer a Taça da Liga], mas o mais importante agora é o jogo com o Gil Vicente [para a 20.ª jornada da I Liga, na quarta-feira]. Como treinador, o que posso prometer é trabalhar com o afinco diário para melhorar a forma de jogar da equipa.
Uma derrota tem sempre o aspeto negativo. Perder um dérbi ou um clássico não foge à regra. Pode dar ideia que dá maior dimensão, mas, perder é perder, e o que temos é de direcionar a nossa atenção para o próximo jogo.
O Benfica está a fazer o seu percurso. Houve uma mudança de treinador, há uma forma de treinar e jogar diferentes, não quero desculpar-me por o processo estar a decorrer com o comboio em andamento. Cabe-me a mim fazer com que o clube consiga sistematicamente ganhar e apresentar exibições de qualidade.
O treinador tem sempre o lugar em risco. O mais importante é termos consciência do trabalho que estamos a fazer, reconhecendo que há aspetos a melhorar. Num clube como o Benfica não há lugar para o empate ou para a derrota, temos de procurar a vitória, sempre."