Sporting nega ao FC Porto inédita 17.ª vitória consecutiva

A formação ‘azul e branca’ tinha igualado na última ronda, com o triunfo em Arouca (2-0), na 21.ª ronda, a melhor marca do clube, em 2010/11, com André Villas-Boas, e também o recorde do Sporting, do inglês Robert Kelly, em 1946/47.

Hoje, o FC Porto não conseguiu dar sequência a esta série, num embate em que esteve a perder por 2-0, culpa de golos de Paulinho (oito minutos) e Nuno Santos (34), e ainda chegou aos 2-2, com tentos de Fábio Vieira (38) e Taremi (78), este último já depois da expulsão de Coates (49), após dois polémicos amarelos.

Com o empate, o Benfica deixa de ter em perigo o recorde de 23 triunfos consecutivos na mesma edição, conseguido a abrir o campeonato de 1972/73, valendo, desde logo, o título ao ‘onze’ do inglês Jimmy Hagan, que acabou com 28 vitórias e dois empates.

A última vez que o FC Porto tinha cedido pontos também tinha sido face aos ‘leões’.

Em 11 de setembro de 2021, à quinta jornada, os ‘leões’ também estiveram a vencer, por 1-0, com um tento de Nuno Santos, aos 16 minutos, mas, na segunda parte, aos 72, o colombiano Luis Díaz, entretanto vendido ao Liverpool, selou o 1-1 final.

Depois, o FC Porto defrontou os restantes 16 adversários na I Liga e venceu-os todos, com destaque para o 3-1 ao Benfica, à 16.ª ronda, o 1-0 ao Sporting de Braga, à 14.ª, e os triunfos sobre o final nos redutos de Gil Vicente (2-1), à sétima, e do Estoril Praia (3-2), onde esteve a perder por 2-0, à 17.ª.

O triunfo 16 foi selado em Arouca, no domingo, com tentos de Vítor Ferreira e Mbemba, e permitiu ao conjunto de Sérgio Conceição igualar o feito do ‘onze’ de André Villas-Boas, que acabou invicto (27 vitórias e três empates) a I Liga 2010/11.

Também depois de um empate em Alvalade (1-1), à 12.ª ronda, os ‘azuis e brancos’ conseguiram 16 triunfos seguidos, então uma volta e mais um jogo - campeonato com 16 equipas -, numa série que só não resistiu a um ‘hat-trick’ de Pizzi.

À 32.ª jornada, o FC Porto recebeu o Paços de Ferreira e esteve a vencer por 2-0 e 3-1, com dois golos de Falcao e um de Hulk, mas Pizzi reduziu para 2-1 e 3-2 e, já com o Paços com 10, por expulsão de Nélson Oliveira, fez o 3-3 final, aos 87 minutos.

O registo da equipa portista – que então perseguia os 28 triunfos e dois empates do Benfica em 1972/73 - parou, assim, nos 16 triunfos consecutivos, para igualarem a melhor marca do Sporting, na ‘longínqua’ temporada 1946/47.

Num campeonato que acabou com um recorde, ainda vigente, de 123 golos, em apenas 26 jornadas, à média de 4,7 por encontro, o conjunto ‘leonino’ venceu todos os encontros entre a quarta e a 18.ª jornadas, ‘movido’ a ‘cinco violinos’.

Com Peyroteo, que acabaria a prova com 43 golos, Vasques, Travassos, Jesus Correia e Albano em ‘grande’, o Sporting começou a série com um 3-2 caseiro ao FC Porto e, até parar num 1-1 em Setúbal, logrou, por exemplo, dois 9-1, a Académica e Elvas, um 7-3 ao Famalicão e até um 6-1 ao Benfica.

Este registo do Sporting perdurou como recorde da prova mais de 25 anos, até que, em 1972/73, o Benfica arrancou a competição com 23 triunfos, que, num campeonato de 30 jornadas, foram suficientes para festejar de imediato o título.

Com o ‘pantera negra’ Eusébio da Silva Ferreira em destaque, num campeonato que terminaria com 40 golos, os ‘encarnados’ só ‘pararam’, já campeões, à ronda 24, com um empate a dois com o FC Porto, nas Antas, culpa de um tento de Flávio, aos 86 minutos.

Até essa igualdade, o Benfica derrotou todos os adversários, oito deles duas vezes, merecendo destaque o 4-1 ao Sporting, com ‘póquer’ de Eusébio, o 3-2 ao FC Porto, após 0-2, com Humberto Coelho a resolver aos 90 minutos, e o 9-0 ao Beira-Mar.

Quase meio século volvido, o conjunto ‘azul e branco’, comandado por Sérgio Conceição, ameaçou fazer perigar esse recorde, mas, hoje, voltou a ‘esbarrar’ no Sporting.

No que respeita ao máximo absoluto, em mais de uma época, a melhor marca também é do Benfica, que venceu os últimos seis jogos de 1971/72 e os primeiros 23 de 1972/73, para um total de 29, registo recorde a nível europeu.