Crónica: Penálti de Taremi ‘carimba’ recorde de invencibilidade do FC Porto

O golo do avançado iraniano, que estabeleceu o resultado final aos 36 minutos, permitiu aos ‘dragões’ superarem o recorde de 56 jogos consecutivos sem derrotas do Benfica, fixado entre 1976 e 1978, e também a vantagem de seis pontos para o Sporting, segundo classificado do campeonato.

Mais ‘transpirado’ do que ‘inspirado’, o jogo teve ainda uma outra grande penalidade, falhada por Taremi, aos 63 minutos, a expulsão do vitoriano Oscar Estupiñán, aos 80 minutos, por duplo amarelo, e uma ‘invasão de campo’ por um espetador, que tentou agredir o extremo vitoriano Geny Catamo.

Com Grujic e Taremi em vez do lesionado Uribe e de Evanilson, os ‘dragões’ apareceram rápidos na circulação de bola e pressionantes sobre a defesa adversária, ‘aprisionando’ os jogadores vimaranenses nas imediações da sua área, sem ‘argumentos’ para resposta no contra-ataque.

Apesar de Pepê ter aparecido isolado perante Bruno Varela ao minuto três, com Abdul Mumin a ‘tirar-lhe’ o eventual golo, os ‘azuis e brancos’ foram incapazes de traduzir o domínio inicial em sucessivas ocasiões de golo, permitindo depois ao Vitória afastar a bola do seu ‘último reduto’ e equilibrar o desafio.

Numa fase em que nenhuma das equipas se afirmava ofensivamente, apesar da maior posse de bola portista - 58% contra 42% nos primeiros 45 minutos -, Taremi entrou na área, ganhou o ressalto com Jorge Fernandes e foi derrubado por Bruno Varela, atrasado na disputa de bola.

O iraniano marcou o seu 15.º golo na I Liga, ao converter a grande penalidade para o lado contrário do guarda-redes vitoriano, e colocou em vantagem um FC Porto que só no final da primeira parte viu a sua baliza ameaçada, num desvio de Oscar Estupiñán ao lado, aos 40 minutos, e num disparo de Rochinha por cima, aos 43.

O meio-campo vitoriano, composto por Ibrahima Bamba, estreante a titular no escalão maior, por Janvier e por André Almeida apareceu na segunda parte mais disposto a construir e ‘empurrou’ o jogo no sentido da baliza de Diogo Costa, mas sem aproximações que pudessem valer o empate.

O FC Porto, por seu turno, ameaçou novo golo em bola de Pepê à malha lateral exterior, aos 47, e dispôs de mais uma grande penalidade aos 63 minutos, que viria a falhar: após derrubar Taremi mais uma vez, Bruno Varela ganhou o segundo duelo com o ponta de lança na ‘marca dos 11 metros’, defendendo o penálti rasteiro.

O duelo prosseguiu intenso, com a iniciativa vimaranense a ‘esbarrar’ com frequência na robustez defensiva portista, mesmo após os comandados de Pepa ficarem reduzidos a 10 elementos, face à expulsão de Oscar Estupiñán por duplo amarelo, ao minuto 80, por falta sobre João Mário.

O jogo ‘partiu-se’ ainda mais nos 10 minutos finais, com o Vitória projetado no sentido da baliza contrária e o FC Porto com espaço para contra-atacar e falhar uma ocasião clara de golo, por Galeno, aos 90+1, antes da entrada de um espetador no relvado, que gerou confusão.