O Torreense festejou hoje a subida à II Liga portuguesa de futebol em clima de grande festa, como manda a tradição carnavalesca da cidade, numa união entre plantel e adeptos na rotunda em frente ao estádio.
A formação do oeste venceu o Vitória de Guimarães B, por 3-0, na sexta e derradeira jornada da Série 1 da fase de subida da Liga 3, garantindo o retorno aos campeonatos profissionais com a vitória no agrupamento (12 pontos), mais dois do que o Alverca.
“Quando cheguei cá, a administração explicou-me claramente o objetivo do Torreense e eu aceitei. O objetivo era subir de divisão. Sabia a responsabilidade e onde me estava a meter em termos profissionais. Sabia que ia ser um trabalho difícil e árduo”, afirmou o treinador Nuno Manta Santos, que assumiu o cargo na 10.ª jornada da fase regular.
O Estádio Manuel Marques, em Torres Vedras, completamente lotado de adeptos da equipa do oeste, iniciou a festa ainda antes do apito final do árbitro da partida, que, assim que se ouviu, contagiou o recinto de festa e felicidade, numa região que já não via a sua equipa nos escalões profissionais desde a já longínqua temporada 1997/98.
“[A administração] Deu-me ‘carta branca’ para fazer o que quisesse. Dá tranquilidade a um treinador para fazer o seu trabalho. Uma administração a apoiar o treinador, a não faltar com nada a jogadores e equipa técnica. Todo o ‘staff’ contribuiu para o desfecho final. É um trabalho de toda a gente, não só do treinador e dos jogadores”, agradeceu.
A festa prosseguia ainda uma hora depois do término do jogo, mas desta feita no lado de fora do estádio, onde os adeptos se reuniram para receber todo o plantel às ordens de Nuno Manta Santos, que se colocou num local montado numa rotunda para festejar com a massa associativa, onde não faltaram muitos cânticos e engenhos pirotécnicos.
“O Torreense tem todas as condições para crescer em termos de estrutura, de equipa e cimentar-se na II Liga, devido à região e aos adeptos. A massa adepta que esteve aqui é um bom sinal que o clube pode aproveitar nos próximos anos. É uma questão de manter os resultados, que têm de ser positivos para atrair os adeptos”, sublinhou.
Confirmada a subida, a temporada, no entanto, ainda não terminou, pois falta definir o primeiro campeão da ‘nova’ Liga 3, que sairá de um encontro entre Torreense e Oliveirense, no Estádio Nacional, em Oeiras, agendado para 14 de maio, pelas 18:00.
“Falta a cereja em cima do bolo. O bolo já está feito, agora é mesmo concluir com a cereja. Será a primeira taça [da Liga 3] e terá um significado muito maior para a equipa que vencer”, realçou o técnico, de 43 anos, que passou por Feirense, Marítimo e Aves.
Os golos do Torreense foram apontados na primeira parte, pelo central cabo-verdiano Yuran Fernandes, aos sete minutos, pelo defesa esquerdo Simão Rocha, aos 35, e pelo avançado angolano e capitão Mateus, aos 42, sentenciando cedo a decisão da partida.
“Era muito importante acabar a primeira parte a vencer, para dar tranquilidade, não entrar num sufoco e não estarmos com o ouvido no outro jogo. Foi muito bom termos feito três golos na primeira parte, dois de bola parada e um em jogo corrido”, afirmou.
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