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Supertaça: Chaínho vislumbra FC Porto «claramente superior» ao Tondela

O FC Porto é “claramente superior” ao Tondela e “vai sair vencedor com maior ou menor dificuldade” da disputa da Supertaça Cândido de Oliveira, no sábado, antevê o ex-futebolista Carlos Chaínho, com passado ligado aos dois clubes.

Supertaça: Chaínho vislumbra FC Porto «claramente superior» ao Tondela

“Por muito que o nível dos jogos na pré-época seja razoável, o primeiro encontro oficial é sempre diferente. Temos de ser sinceros e dizer que o FC Porto é favorito, perante um Tondela que se modificou bastante e está numa divisão diferente. Pelo que vi no último jogo [vitória sobre o Mónaco por 2-1], o FC Porto está com boas dinâmicas e processos muito similares aos do ano passado”, observou à agência Lusa o ex-médio, vencedor da terceira competição nacional mais importante ao serviço dos ‘dragões’ em 1998 e 1999, a segunda com o ‘secundário’ Beira-Mar.

O FC Porto, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal em 2021/22, e o recém-despromovido Tondela, finalista vencido da prova ‘rainha’, defrontam-se no sábado, às 20:45, no Estádio Municipal de Aveiro, na 44.ª edição da Supertaça Cândido de Oliveira.

“O Tondela irá sempre entrar para vencer. São oportunidades únicas. Tudo depende da mentalidade dos atletas e daquilo em que se acredita, até porque as equipas não estão a ‘top’ nesta fase e o Tondela deve surpreender. Comparando as duas equipas, vejo o FC Porto sempre como candidato, mas o Sérgio Conceição de certeza que vai falar com os seus jogadores para estarem alerta, já que as surpresas podem acontecer”, reconheceu.

Chaínho, que representou os ‘azuis e brancos’ de 1998 a 2001, compreende que “muitas coisas se irão resolver” até à conclusão do mercado no plantel dos campeões nacionais, do qual já saíram Mbemba, Vítor Ferreira, Fábio Vieira ou Francisco Conceição.

“Acho que o FC Porto vai ser igual em termos comportamentais. Quanto à ideia de jogo, estou curioso para saber aquilo que o Sérgio Conceição pensa. Pode haver uma ou outra mudança e isso mostra a evolução do treinador e dos atletas. Há dois ou três que, assim que aparecem, fazem a diferença e mudam completamente a maneira de jogar”, notou.

Sérgio Conceição parte para a sexta época consecutiva nos ‘dragões’ com sete cetros, menos um face ao recordista Artur Jorge, num duelo em que vai estar privado de Diogo Costa, Wilson Manafá, Fábio Cardoso e Otávio, todos castigados, à imagem de David Carmo – uma das duas aquisições para 2022/23, a par de Gabriel Veron (ex-Palmeiras).

“É fundamental ter continuidade e um técnico que conhece bem a casa. Existe ali uma simbiose entre direção e treinador, e isso também demonstra que as coisas têm corrido bem. Sem dúvida nenhuma, é fundamental o facto de o Sérgio Conceição ter ficado e de os jogadores conhecerem os seus métodos”, avaliou o antigo internacional sub-21 luso.

Chaínho, de 48 anos, acredita numa I Liga “competitiva” na nova época, alguns meses depois de o FC Porto ter logrado a nona ‘dobradinha’ da sua história, unindo o 30.º título de campeão nacional, com um recorde de 91 pontos, ao 18.ª êxito na Taça de Portugal.

“Vejo um Benfica com qualidade e diferente do passado. Já o Sporting aparece sempre naquela mesma bitola dos últimos anos com o Rúben Amorim e é uma formação com capacidade. O campeonato português ganha com isso. Agora, acho que o campeão é sempre o favorito [à conquista do título], tal como foi no ano passado. Até o Sporting de Braga se deve intrometer, mas este ano vamos ter uma luta a três até ao fim”, afiançou.

Vencedor de um campeonato e duas Taças de Portugal como jogador pelos ‘dragões’, o antigo treinador-adjunto do Tondela, em 2013/14, antecipa em moldes similares a edição 2022/23 do escalão secundário, que voltará a integrar os ‘auriverdes’ sete anos depois.

“Tenho visto muitos jogos e a II Liga é bastante competitiva. É muito difícil para a equipa que desce da I Liga subir logo no ano seguinte. Há apostas fortes na II Liga e de certeza que, com as equipas que vão estar a disputá-la esta temporada, vai ser competitiva. Isso também mostra a qualidade de um campeonato que acho que se recomenda”, aplaudiu.

Ressalvando desconhecer as dinâmicas implementadas pelo recém-chegado treinador Tozé Marreco, com quem partilhou balneário em Tondela, Chaínho lamenta a inédita despromoção dos beirões, apesar da melhor campanha de sempre na Taça de Portugal.

“O Tondela passou por aquela fase da mudança de treinador. Tinha bons jogadores e até estava bem na primeira metade da prova, mas, depois, existiram mudanças e vendas. O jogo crucial [para a ‘queda’ na II Liga] foi em Paços de Ferreira [à 32.ª jornada da edição 2021/22 da I Liga]. Deu empate 1-1, mas houve uma oportunidade para fazer 2-0 que acabou no poste. Como vêm, o futebol pode mudar de um minuto para o outro”, ilustrou.

O ex-centrocampista elenca “uma equipa com muitos jogadores novos” como o “grande problema” do Tondela na última temporada, detetando, porém, “estrutura e capacidade” num “clube cumpridor e que paga a horas” para lutar pelo regresso ao escalão principal.

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