O Benfica deve cumprir na terça-feira a ‘formalidade’ de se apurar para o ‘play-off’ da Liga dos Campeões de futebol, no estádio dos dinamarqueses do Midtjylland, onde jogará com o conforto da vantagem de 4-1 alcançada em Lisboa.
Tanto ou mais do que os três golos de diferença obtidos no jogo da primeira mão, na terça-feira passada, a confiança da equipa ‘encarnada’ para o segundo confronto advém da superioridade demonstrada no Estádio da Luz, onde passou ao lado de uma goleada histórica.
Depois de se ‘desembaraçar’ do vice-campeão dinamarquês, o Benfica terá pela frente no ‘play-off’ um adversário menos acessível, que sairá do embate entre os austríacos do Sturm Graz e o Dínamo Kiev, vencedor do primeiro jogo por 1-0, após ter afastado o Fenerbahçe, treinado por Jorge Jesus, na segunda pré-eliminatória.
O novo treinador, o alemão Roger Schmidt, revolucionou o futebol praticado pelo Benfica, beneficiando do talento do médio argentino Enzo Fernández e do avançado brasileiro David Neres, da capacidade de recuperação de bola do regressado ‘trinco’ Florentino e do instinto goleador de Gonçalo Ramos.
O avançado marcou mesmo um ‘hat-trick’ na partida inicial, aos 17, 33 e 61 minutos – os dois primeiros na sequência de assistências de Neres -, e Enzo Fernández estreou-se a marcar pelas ‘águias’ aos 40, antes de Sisto reduzir para os visitantes aos 78, de grande penalidade.
Pelo meio destes dois jogos da eliminatória europeia, e no mesmo reduto, as 'águias' estrearam-se na I Liga, na sexta-feira, aplicando novamente a 'chapa 4', desta feita ao Arouca (4-0), na ronda inaugural da prova, com golos de Gilberto, Enzo Fernández e um 'bis' de Rafa.
Frente aos arouquenses, Schmidt não fez qualquer alteração no 'onze' que tinha participado na partida europeia, restando saber se voltará a fazer o mesmo na Dinamarca, tendo em conta que a eliminatória está praticamente decidida e, quatro dias depois, há jogo com o Casa Pia, em Leiria, para o campeonato.
Em Lisboa, o Midtjylland apenas mostrou algum ‘atrevimento’ durante os 15 minutos iniciais, apesar de já ter mais ‘rodagem’ na época 2022/23, tendo já disputado a ronda anterior de qualificação para a ‘Champions’, na qual eliminou os cipriotas do AEK Larnaca no desempate por grandes penalidades, após dois empates 1-1.
A equipa lisboeta beneficiou também da instabilidade que atingiu o Midtjylland, devido à saída de Bo Henriksen, que treinava o Midtjylland há um ano e foi despedido a cinco dias da partida no Estádio da Luz, na qual os dinamarqueses foram orientados pelo adjunto Henrik Jensen.
O Benfica nunca tinha defrontado o Midtjlylland nas provas europeias, mas apurou-se sempre e nunca perdeu em seis eliminatórias frente a clubes da Dinamarca, em contraponto com o adversário, que já foi afastado por Sporting (2001/02) e Vitória de Guimarães (2011/12), tendo ainda uma vitória e uma derrota com o Sporting de Braga, na fase de grupos da Liga Europa da época passada.
Caso cumpra a ‘obrigação’ de seguir frente, a formação benfiquista terá ainda de passar pelo ‘play-off’, cujos encontros estão marcados para 17 e 24 de agosto, para se poder juntar ao FC Porto, campeão nacional, e ao ‘vice’ Sporting na fase de grupos.
O jogo entre o Midtjylland e o Benfica, da segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, disputa-se na terça-feira, a partir das 18:45, em Randers, na Dinamarca, e será arbitrado pelo sérvio Srdjan Jovanovic.
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