Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após a derrota frente ao Arouca (0-1), em encontro da 11.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou em Arouca.
“Não conseguimos marcar e, nas poucas oportunidades que concedemos, sofremos. Estivemos sempre por cima do jogo e não conseguimos marcar. Depois sofremos numa bola parada.
Temos de pensar no próximo jogo. O que interessa é ganhar e ganhar jogos de forma consecutiva, mas não temos conseguido. Tem faltado consistência, sobretudo nos jogos fora, o que não é normal.
Não se coloca em causa a minha capacidade de continuar a trabalhar. Fico muito frustrado, não estava habituado a perder. Não podemos ter esta inconsistência. Sei a profissão que tenho, não estou preocupado com o meu lugar. O meu objetivo é preparar a equipa para o próximo jogo. Sou muito objetivo nisso. Falamos sempre do mesmo.
No fim do campeonato faremos uma avaliação. Sei bem a exigência que me é pedida e o quanto exijo de mim. Não sofro porque os adeptos estão tristes ou desanimados. Mexe com toda a gente no Sporting. Mas fico triste porque não conseguimos ganhar e a responsabilidade é minha mais do que do presidente, dos jogadores ou do [Hugo] Viana.
Sei que os adeptos não estão contentes, mas no fim da época faremos a nossa avaliação e não haverá problema em relação a isso. Tenho sempre forças para dar a volta porque já dei a volta a situações mais complicadas na vida. E isto é futebol.
O Dário [Essugo] criou e defendeu bem assim como o Nazinho. Não foi por causa das alterações. Tivemos mais do que oportunidades para ganhar. Não teríamos a dinâmica que tivemos com os jogadores que têm jogado mais. Não foi claramente por quem jogou. Quem jogou esteve bem.
A derrota tem o peso de sempre. Temos sempre de ganhar caso contrário, voltamos aos mesmos problemas. Já demos a volta uma vez, duas vezes e estamos a cair na mesma situação. Está a tornar-se numa época difícil, mas podemos sempre dar a volta.
O terreno não estava muito bom, mas conseguimos rodar bem a bola e criámos oportunidades. Não tínhamos criado oportunidades se houvesse insegurança com bola. A transição no lance do pontapé de canto foi depois de um mau passe do Pote. Na parte final o relvado levantou um bocadinho e criou dificuldades, mas não foi por aí.
O jogo não foi alterado porque não podem dizer para alterar 48 horas antes quando o nosso acabou mais cedo. Esse querer alterar da Liga para ficar um bocado bem... nós não íamos alterar o nosso planeamento porque mexia com o planeamento do Mundial. Confio no Dário, confio no Nazinho e em todos. Podíamos claramente ter vencido. Fui eu que disse para o jogo não ser alterado porque já tinha dito a alguns jogadores que seriam titulares. Era o mesmo que dizer: amigos, vamos esperar que os outros descansem. Confio em todos. A responsabilidade é minha. Quem entrou, teve qualidade e empenho. Pedi para não alterarem o jogo porque não podemos fazer alterações 48 horas antes. Era em cima da hora, nem sabíamos se o Arouca aceitava. Mais valia manter o nosso plano, seguir com a cabeça no jogo e dizer aos jogadores que contamos com todos”.
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