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Crónica: Sérvia 'suicida-se' e a Suíça cruza-se com Portugal nos 'oitavos'

A Suíça venceu hoje a Sérvia, por 3-2, na terceira jornada do Grupo G do Mundial do Qatar, num jogo em que os sérvios se ‘suicidaram’, e garantiu o apuramento para os oitavos de final, onde vai defrontar Portugal.

Crónica: Sérvia 'suicida-se' e a Suíça cruza-se com Portugal nos 'oitavos'

A Sérvia ‘só’ precisava de ganhar por um golo para garantir o apuramento, caso o Brasil não perdesse com os Camarões, hipótese provável, mas o selecionador Dragan Stojkovic resolveu a meter a ‘carne toda no assador’ logo de início para o ‘assalto’ ao ‘castelo’ suíço.

Em consequência, o jogo acelerou logo deste o apito inicial do árbitro, com os lances a sucederem-se nas duas áreas, porque a Sérvia envolvia seis, sete unidades no processo ofensivo, e dava espaços no seu meio-campo, que a Suíça foi explorando.

Não surpreende, por isso, que tenha havido quatro golos na primeira parte, dois para cada lado, com a Suíça a adiantar-se no marcador aos 20 minutos, por Shaqiri, a Sérvia a empatar e a passar para a frente aos 26 e 35, por Mitrovic e Vlahovic, respetivamente, e a seleção helvética a restabelecer a igualdade aos 44, por Embolo.

Além dos quatro golos, houve oportunidades para os dois lados marcarem mais vezes, porque o jogo estava muito aberto, muito intenso, de parada e resposta, com a Suíça a deixar-se levar, parcialmente, pela vertigem sérvia, quando se pedia que pusesse algum freio na partida, até porque o empate era um resultado que lhe servia.

O selecionador sérvio apresentou um sistema ‘3x4x1x2’, com três centrais e uma linha média e atacante muito virada para a frente, com jogadores como Zivkovic, Sergej Milinkovic-Savic, Kostic, Tadic, Vlahovic e Mitrovic.

Foi um risco calculado, mas que acabou por correr mal, fruto dos erros defensivos posicionais, dos quais resultaram os três golos suíços, ainda que tenha proporcionado um jogo vibrante, com golos para os dois lados, muitas penetrações pelos flancos e muita incerteza no resultado.

Numa dessas penetrações, aos 20 minutos, o lateral esquerdo suíço Ricardo Rodríguez foi à linha de fundo cruzar para um corte incompleto da defesa sérvia, aproveitado por Sow para oferecer o golo a Shaqiri, mas a Sérvia empatou logo aos 26, na sequência de uma perda de bola a meio-campo que apanhou a defesa helvética toda descompensada, com Tadic, com todo o tempo do mundo, para cruzar para a cabeça ‘letal’ de Mitrovic.

O jogo prosseguiu na mesma vertigem, bola cá, bola lá, com o golo a poder cair para qualquer dos lados, caiu para o da Sérvia, aos 35, por Vlahovic, que ‘agradeceu’ ao suíço Freuler, que lhe fez, praticamente, uma assistência para golo.

Em vantagem no marcador, pensou-se que a Sérvia iria refrear o ímpeto atacante, e procurar gerir mais a posse de bola, mas não fez isso, e acabou por pagar um preço alto ao sofrer o 2-2, aos 44, com Sow a ‘apanhar’ Widmer completamente sozinho no flanco esquerdo para cruzar à vontade para Embolo marcar ao segundo poste.

Na segunda parte, a Suíça chegou ao terceiro golo logo aos 48 minutos, por Freuler, que se redimiu do ‘brinde’ que tinha dado aos sérvios, na melhor jogada coletiva da partida, iniciada em Embolo e finalizada pelo médio suíço, na sequência de um precioso toque de calcanhar de Vargas.

O selecionador sérvio tentou ainda uma última cartada, ao trocar Vlahovic por Jovic, na esperança que este entrasse inspirado, e o central Veljkovic pelo ex-Sporting Gudelj, que pode jogar nessa posição, mas sabe sair a jogar, mas a Suíça, finalmente, começou a gerir a bola e vantagem, não se expondo tanto.

Quando o selecionador suíço, Murat Yakin, refrescou o meio-campo com as entradas de Fernandes e Zakaria, dois jogadores fortes fisicamente e frescos, aos 68 e 69 minutos, ganhou claro ascendente nessa zona do terreno, e a Sérvia nunca mais criou lances de verdadeiro perigo de golo, nem mesmo depois da desesperada jogada do seu homólogo sérvio, aos 78 minutos, quando lançou Djuricic e Radonjic em campo.

Em resumo, a Suíça foi a equipa mais equilibrada em campo, aquela que menos erros cometeu e que teve capacidade para marcar em momentos importantes do jogo, perante uma Sérvia que tem excelentes executantes, mas jogou o ‘tudo ou nada’ e acabou por sair com nada.

Com a vitória de hoje, a Suíça assegurou o segundo lugar do Grupo G, com seis pontos, os mesmo do Brasil, que ficou em primeiro lugar, com os Camarões a garantirem o terceiro posto, com quatro, relegando a Sérvia para o último, com apenas um.

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