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Taekwondo: Federação de taekwondo espera organizar primeiras competições oficiais até março

A Federação Portugal Taekwondo espera organizar em inícios de 2023 as primeiras competições oficiais, disse hoje à Lusa o seu presidente, um dia depois da atribuição do estatuto de utilidade pública, pelo qual aguardava há anos.

Taekwondo: Federação de taekwondo espera organizar primeiras competições oficiais até março

“Acredito que em fevereiro ou março conseguiremos organizar uma prova sob a égide da federação, com atribuição de títulos nacionais”, disse Nuno Semedo, presidente da PORTKD à agência Lusa, lembrando que, desde 2017, o organismo organiza competições para “todos os praticantes da modalidade”.

Com a atribuição do estatuto de utilidade pública desportiva, que terá agora de ser publicado em Diário de República, a PORTKD passa a deter os poderes públicos para dirigir, regulamentar e enquadrar esta modalidade olímpica em regime de exclusividade.

A PORTKD, criada em 2017, “depois de um conjunto de escolas terem assinado a declaração de Lisboa, por considerarem que o único caminho seria encontrar um novo projeto e fazer o chamado ‘caminho das pedras’”, substituirá assim a Federação Portuguesa de Taekwondo (FPT), que tutelava a modalidade.

“Preconizámos percursos diferentes, apresentámo-nos como uma alternativa, numa altura em que a FPT ficou envolta em problemas financeiros e alegadas irregularidades”, explicou Nuno Semedo, cujo mandato como presidente termina em 2024.

A PORTKD precisa agora de ser reconhecida como legítima representante nacional junto da World Taekwondo (WT), organismo de cúpula da modalidade, processo que Nuno Semedo espera “seja célere”.

“Já fizemos várias abordagens à WT, acredito que o reconhecimento seja um processo ágil”, afirmou Nuno Semedo, destacando a boa relação existente com o Comité Olímpico de Portugal (COP), organismo que também tem de integrar a PORTKD.

O dirigente disse que a “relação com o COP foi sempre fantástica, honesta”, acrescentando: “Tiveram sempre uma posição muito reta connosco, explicaram-nos desde o início qual era o seu papel, e nós sempre dissemos que, mesmo sabendo que éramos associados, queríamos mostrar o caminho que estávamos a fazer”.

De acordo com Nuno Semedo, durante o imbróglio burocrático em torno da suspensão do estatuto de utilidade pública desportiva da FPT, o COP chegou a assumir a gestão das bolsas atribuídas aos atletas integrados no projeto de preparação olímpica para os Jogos Tóquio2020, disputados em 2021.

Ao longo de cinco anos, a PORTKD organizou, segundo Nuno Semedo, provas nacionais “abertas a todos os atletas, independentemente da federação na qual estivessem federados”.

Sem querer “falar muito do passado”, o presidente da PORTKD disse que as informações que lhe foram chegando davam conta de que os atletas filiados na nova estrutura federativa “não eram muito bem-vindos nas provas organizadas pela FPT”.

Segundo Nuno Semedo, em Portugal, “a modalidade terá cerca de 5.000 agentes desportivos federados, entre atletas, treinadores e árbitros, sendo que 2.000 já estão filiados na PORTKD”.

A estrutura federativa do novo organismo que tutela a modalidade está dividida por três associações regionais (Norte, Centro e Sul e Ilhas).

Depois de ter visto ser-lhe atribuído o estatuto de utilidade pública em 2020, a PORTKD trabalhou, de acordo com o seu presidente, em articulação com vários organismos, entre os quais o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), “de forma a cumprir todas os requisitos jurídicos”.

Nuno Semedo disse ainda que a PORTKD, que, ao longo de cinco anos, “viveu sem apoios públicos e com resultados desportivos”, teve “a preocupação de que o processo não interferisse nos Jogos Olímpicos Tóquio2020”.

A atribuição do estatuto de utilidade pública desportiva da PORTKD foi aprovada na terça-feira, na reunião do Conselho Nacional do Desporto (CND), que decorreu em Lisboa.

A PORTKD "passa a deter os poderes públicos para dirigir, regulamentar e enquadrar esta modalidade olímpica em regime de exclusividade", refere a nota divulgada pelo CND após a reunião.

Na reunião, presidida pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, foi atribuído o mesmo estatuto à Federação Promotora de Escalada de Competição.

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