Crónica: ‘Bis’ de Felippe Cardoso mantém Casa Pia na corrida à Europa

O avançado brasileiro, que fez a estreia a titular, apontou o primeiro tento no final da primeira parte, aos 41 minutos, e o segundo golo no reatamento, aos 50, perante um Marítimo que terminou em inferioridade numérica, pela expulsão de Renê Santos (86).

O Casa Pia mantém a sétima posição, mas agora com os mesmos 38 pontos do Arouca (sexto) e a apenas dois do Vitória de Guimarães (quinto), enquanto o Marítimo, apesar de permanecer no 16.ª e antepenúltimo posto, com 16, foi alcançado pontualmente pelo Paços de Ferreira.

Godwin deu o primeiro aviso aos seis minutos, pelos lisboetas, mas o remate de longe saiu ao lado da baliza do Marítimo, que, mesmo sem apresentar um domínio evidente, dispôs das melhores oportunidades do primeiro terço da partida, no Estádio Nacional.

Primeiro, um disparo cruzado de Brayan Riascos, aos 11 minutos, passou muito perto do poste mais distante da baliza de Ricardo Batista, protagonista ao efetuar uma grande defesa a um remate de belo efeito de Beltrame, aos 22, na melhor fase maritimista.

Contudo, seguiu-se uma fase de pouco fulgor, por parte dos dois conjuntos, a jogarem longe das balizas, sendo o Casa Pia a terminar por cima – e em vantagem – na primeira parte, após Yuki Soma tentar a sorte, com um remate para as mãos de Marcelo Carné.

Vítor Costa ‘ofereceu’ o tento inaugural ao Casa Pia, com uma enorme desatenção, ao atrasar a bola sem olhar e a entregá-la a Felippe Cardoso, que ficou isolado diante Marcelo Carné, driblou o guarda-redes e rematou a bola para a baliza, aos 41 minutos.

A etapa complementar iniciou-se da mesma maneira que terminou o primeiro tempo, com um golo de Felippe Cardoso, desta feita através de um cabeceamento a encostar um cruzamento de Beni, que concluiu uma bela jogada coletiva dos lisboetas, aos 50 minutos.

A vencer por dois golos de diferença, o Casa Pia ‘entregou’ a bola ao Marítimo, mas a turma insular foi incapaz de reentrar na discussão do resultado, apesar das tentativas de Rafael Brito (67 minutos), Zainadine (69) e Cláudio Winck (72), as duas últimos de cabeça.

Os lisboetas ainda procuraram ‘sacudir’ a pressão contrária, ao responder, também de bola parada, num canto, com Clayton a cabecear para uma defesa segura de Marcelo Carné, perante um Marítimo a tentar procurar o golo de forma algo atabalhoada.

A formação de José Gomes manteve-se desinspirada até ao derradeiro apito do árbitro e ‘desistiu’ com a expulsão de Renê Santos, admoestado com o cartão vermelho direto (86 minutos), por travar Clayton, quando este ia isolado para a baliza.