Rúben Amorim: "Somos melhor equipa neste momento do que quando fomos campeões"

“Houve coisas boas. Não começámos o jogo tão bem. Houve uma transição e sofremos o golo. Tentámos encontrar espaço contra uma equipa que, por vezes, jogou a meio do meio-campo. Não criámos muitas oportunidades flagrantes, também pelo número de jogadores [do Vizela] que estava junto à área, mas foi um jogo de sentido único. O golo surgiu no fim, mas surgiu com naturalidade. Ganhámos bem e mantivemos uma série importante [de 14 partidas sem derrotas no campeonato].

Temos de fazer um planeamento melhor e trabalhar naquelas coisas que não fizemos tão bem no início da época. Temos de ser mais consistentes e não podemos perder tantos pontos no início. Não podemos pensar tão a longo prazo. Temos de pensar jogo a jogo e de pensar em ganhar o primeiro jogo da próxima época.

A sorte em alguns jogos também é um fator importante. Somos melhor equipa neste momento do que quando fomos campeões. Apesar do talento, temos de ser capazes de corresponder às expectativas. Quando fomos campeões ninguém esperava nada de nós. A equipa tem de responder nesses momentos. Em momentos de aperto, quando tínhamos de ganhar, não conseguimos. Essa responsabilidade cabe ao treinador.

Temos de apostar na estabilidade, de continuar o nosso projeto. Quando as coisas correm mal e vemos tantos adeptos no último jogo, é sinal de que eles sabem que nós temos um caminho. Se perdermos esse caminho, tudo fica pior. Nos momentos de aperto, a equipa tem de responder de forma diferente.

O plantel precisa de algumas características diferentes, mas também precisa da noção do que vai comprar. A sair o Ugarte, quem vamos ir buscar para substituir o Ugarte? Se não formos buscar jogadores muito melhores do que os que temos cá, temos de apostar na estabilidade. É precisa muita calma.

A equipa vai regressar [para a época 2023/24] em períodos diferentes. Os jogadores que vão à seleção vão regressar mais tarde, mas não muito mais tarde do que o habitual. No dia 02, começamos o nosso trabalho.

O impacto da saída do Matheus Nunes [era talvez a única coisa que mudaria na época 2022/23, a ter forçosamente de mudar algo]. Foi a única vez que achei que, resultados à parte, não estivemos todos juntos [nas decisões tomadas]. Mas, nos jogos, fiz tantas asneiras [como treinador]. Temos de melhorar para a próxima época.”