Declarações de José Mota, treinador do Farense, após o empate frente ao Vizela (0-0), em jogo da oitava jornada da I Liga.
“Tivemos infelicidade na hora de fazer golo. Entrámos muitíssimo bem, foi talvez o jogo em que melhor entrámos, conseguimos dominar o adversário, entrámos muito fortes, muito aguerridos e muito organizados.
Conseguimos ter a bola, dominávamos no meio-campo do adversário, com várias triangulações, com várias investidas, quer pelos corredores quer no meio. Contabilizo cinco oportunidades.
Sabemos também que, quando não se finaliza, começamos a ficar preocupados. Eu já estou habituado a este tipo de comportamentos, de jogos, em que percebemos que, cada oportunidade que se falha, é um balão de oxigénio para o adversário, que vai ganhando confiança e, como tem bons jogadores e boa equipa, consegue depois ultrapassar os receios que, até então, tinha no jogo.
Estivemos muito bem nesses 20/25 minutos, podíamos ter resolvido ali o jogo e não conseguimos. A partir daí, esta equipa do Vizela, experiente, sabia que tinha de cortar o ímpeto do Farense, de quebrar o ritmo, e foi isso que fez. Foi jogando mais lentamente, foi tentando jogar com bolas mais diretas e mais na profundidade, para que não conseguíssemos ganhar as segundas bolas e ter aquilo onde somos bastante fortes.
Na segunda parte, tínhamos de ter muita paciência para entrar no último reduto. Não foi tão espetacular quanto a primeira parte, em termos exibicionais, da nossa parte, foi mais equilibrado e o Vizela teve uma ou outra oportunidade.
Nós tivemos uma excelente oportunidade, aquela bola na trave, tentámos criar algo mais, mas o adversário percebia que o empate era sempre um bom resultado fora e tentou garantir esse mesmo ponto.
Jogo competitivo, as duas equipas entregaram-se bem ao jogo. O jogo não foi feliz para nós, tivemos tudo para poder ganhar, bastava que finalizássemos uma daquelas oportunidades que tivemos.”