Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, expressou a sua insatisfação em relação ao arquivamento do 'Caso Vouchers', levantando questões sobre a disparidade de tratamento entre as críticas que efetua enquanto dirigente dos 'dragões' e as alegadas irregularidades do Benfica.
O dirigente portista, em declarações recentes ao jornal 'O Jogo', voltou a destacar a palavra "benfiquistão", questionando a ausência de sanções para o clube da Luz em situações controversas.
Francisco J. Marques critica o tempo decorrido desde os alegados subornos envolvendo César Boaventura, afirmando que o julgamento só ocorrerá em 2024, considerando este atraso como "extraordinário".
O diretor de comunicação do FC Porto destaca a inércia da justiça desportiva em lidar com questões que envolvem supostas irregularidades a favor do Benfica, enquanto lamenta a rapidez em sancionar críticas dos dirigentes portistas.
"É absolutamente extraordinário que isto tenha acontecido em 2019 e só em 2024 é que chegará a julgamento", começou por referir.
"Nos entretantos, a justiça desportiva está perante a circunstância de haver alguém que vai ser julgado por suborno para benefício do Benfica e até agora não aconteceu nada. E certamente preparam-se para que nada continue a acontecer", acrescenta.
"A nossa atenção tem de estar sempre posta nestas coisas. São estas coisas que tornam tão mais difícil o trabalho do FC Porto e tão mais meritórias as vitórias das nossas equipas"
Marques questiona ainda a falta de consequências para o Benfica em situações em que alegadamente jogadores foram subornados em nome do clube, contrastando com as punições rápidas impostas à sua pessoa por críticas a árbitros.
O dirigente 'azul e branco' destaca ainda o paradoxo de alegados representantes do Benfica serem rotulados de acordo com as conveniências processuais.
"Eu, diretor de comunicação do FC Porto, faço uma pequena crítica a um árbitro e levo não sei quantos dias de suspensão. Jogadores são subornados em nome do Benfica e não acontece nada ao clube?", questiona.
Esta semana o Benfica recebeu a notícia, do arquivamento do caso 'Vouchers', onde alegadamente os 'encarnados' faziam ofertas aos árbitros. Mais uma vez, o diretor de comunicação dos 'dragões', estranha não ter havido qualquer sanção para o emblema da Luz.
"Ainda hoje foi notícia o arquivamento do processo dos vouchers. Já lá vi refeições a preços bem mais simpáticos do que as que foram notícia com o presidente da Câmara de Sines."
"Encontrei uma coisa muito engraçada lá: diz lá que o Sr. Paulo Gonçalves era representante do Benfica. Ai era? Quando é para arquivar é representante. Quando é para acusar, não é. Isto é extraordinário. Mais um sinal do benfiquistão.", destaca o dirigente.
"O Benfica é nosso rival, umas vezes ganhamos, outras vezes ganham eles… Outra coisa é o benfiquistão, esta entidade difícil de identificar que é tudo a favor deles"
"A nossa atenção tem de estar muito concentrada na denúncia destes comportamentos. Neste caso do César Boaventura, o Benfica não foi acusado porque não é funcionário do Benfica. Pasme-se", rematou Francisco J. Marques.