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A Comissão Executiva da Federação Internacional de Futebol (FIFA) vai reunir-se entre quinta e sexta feira para decidir sobre o sistema de votação para eleger os anfitriões dos Mundiais de 2018 e 2022, processo sob investigação por suspeitas de corrupção.
Os membros do organismo que foram suspensos preventivamente por um mês em 20 de outubro pela Comissão de Ética da FIFA, devido às dúvidas sobre o seu comportamento, o francês Reynald Temarii e o nigeriano Amos Adamu, não vão poder participar no encontro.
Os dois dirigentes foram alvo de um trabalho jornalístico sob disfarce do jornal britânico Sunday Times, no qual Adamu e Temarii admitiam ter sido abordados por outras candidaturas para garantirem o seu voto a troco de verbas avultadas.
A FIFA está ainda a investigar uma alegada combinação entre a candidatura conjunta Portugal-Espanha e a do Qatar no sentido de garantirem o sucesso de ambas, sugerida pelo antigo secretário geral da FIFA, Michel Zen-Ruffinen, cujo depoimento foi também filmado através de câmara oculta pelo mesmo jornal britânico.
A recente renúncia dos dirigentes federativos dos Estados Unidos à corrida pelo Mundial2018 para se concentrarem no evento de 2022 determinou que o torneio de 2018 ficasse reservado à Europa, uma vez que só sobraram projetos do Velho Continente: o ibérico, o inglês, o russo e outro conjunto – Bélgica-Holanda.
Além da candidatura norte-americana e da qatari, também o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália querem acolher o Mundial2022.
O sistema de voto deverá ser o mesmo utilizado na eleição dos Mundiais Alemanha2006 e África do Sul2010, à semelhança do que é levado a cabo pelo Comité Olímpico Internacional para escolher as sedes dos Jogos Olímpicos, prevendo-se várias voltas até um projeto conquistar a maioria absoluta dos votos.
Os responsáveis da FIFA vão anunciar os vencedores de ambos os processos de concurso em 02 de dezembro, em Zurique.
