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O lisboeta Pedro Proença exortou hoje os futebolistas de Benfica e Paços de Ferreira a encararem sábado a final da Taça da Liga como uma “festa” e considerou-se um “privilegiado” por ser árbitro e poder apitar a partida.
“Que joguem o jogo pelo jogo, que eu darei o meu melhor”, declarou o árbitro, em conferência de imprensa, na véspera da final, no Estádio Cidade de Coimbra.
Pedro Proença, que irá arbitrar brevemente uma partida das meias finais da Liga dos campeões, disse que encara todos os jogos da mesma maneira, e que, em termos organizativos, esta final equipara-se ao jogo europeu.
“A minha abordagem é sempre igual, seja num jogo das meias finais da Liga dos Campeões seja nesta final. Os árbitros hoje preparam-se ao mais alto nível e abordaremos o jogo da mesma forma como se fosse uma meia final da Liga dos Campeões. Estaremos preparados para tudo o que possa acontecer”, garantiu.
Num cenário que não é muito comum no futebol português (a presença de um árbitro numa conferência de imprensa), Pedro Proença defendeu que não existem pressões na arbitragem e mostrou o seu gosto pela profissão.
“Sou árbitro e arbitro todos os dias se for necessário. Pressões sofrem as famílias que ganham o ordenado mínimo e que têm que pagar as suas contas durante o mês”, referiu.
Pedro Proença classificou-se mesmo com um “privilegiado” por poder participar como árbitro em “grandes palcos e eventos”.
“Sou uma pessoa privilegiada nesse sentido, por isso nomeiem-se todos os dias para finais da Taça da Liga, para Benfica-Sporting ou FC Porto-Benfica e eu estarei sempre disponível, que psicologicamente quer fisicamente”, assegurou.
Igualmente presente na conferência de imprensa, o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga explicou a nomeação de Pedro Proença.
“É o primeiro classificado, é o grande critério seguido em todas as edições da Taça da Liga. Mais simples que isto não há”, disse Vítor Pereira.
O responsável pela arbitragem da Liga recusou ainda abordar a “confusão” da nomeação de Pedro Proença para a meia final da Taça, entre Benfica e FC Porto, jogo que acabou por ser ajuizado por Carlos Xistra, dizendo apenas que houve uma falha de comunicação entre a Liga e a FPF.
