Brasil: Ricardo Gomes poderá ficar com sequelas do AVC

''O facto de ele estar estável já é algum avanço, mas é melhor não fazermos nenhuma previsão. O jeito mesmo é ter paciência'', afirmou Fernando Gjorup, diretor médico do Hospital Pasteur, do Rio de Janeiro, na avaliação divulgada às 17h locais (21h em Lisboa), segundo a publicação desportiva ''Lance!''.

A equipa médica temia que o estado de saúde do treinador piorasse nas 72 horas seguintes ao acidente vascular encefálico hemorrágico que sofreu no domingo, durante o dérbi entre Vasco da Gama e Flamengo.

O treinador, que tem 46 anos, deixou o relvado diretamente para o hospital, onde alvo de uma cirurgia, que foi considerada bem sucedida.

O antigo defesa do central do Benfica foi submetido a um eletroencefalograma e o resultado apresentou as ''alterações esperadas''. Segundo o Hospital Pasteur, ele está com ''todas as funções orgânicas dentro da normalidade''.

O treinador respira com a ajuda de aparelhos e está em coma induzido, sem previsão de alta.

A equipa médica diz que é possível que o treinador fique com sequelas por causa do acidente vascular cerebral hemorrágico.

A parte do cérebro atingida é a que comanda as ações motoras. Caso seu estado de saúde melhore, Gomes poderá ficar com os movimentos do lado direito do corpo e a fala comprometidos.

Os médicos dizem que só poderão avaliar de forma mais precisa os resultados da operação após passarem 72 horas da intervenção.

Ricardo Gomes já tinha tido uma alteração vascular cerebral durante uma partida contra o Palmeiras, em fevereiro de 2010, quando estava no comando do São Paulo FC. Porém, após avaliação médica, foi autorizado a regressar aos bancos.

Agora, os médicos evitam falar do abandono do treinador, mas a possibilidade de regressar ao trabalho ainda este ano é considerada remota.

Ricardo Gomes jogou no Benfica entre 1988 e 1991 e, depois, na época de 1995/96.