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O Benfica estreou-se hoje na Liga dos Campeões de futebol com um empate (1-1) na receção ao Manchester United, num encontro em que o guarda-redes dos “red devils” e a falha de pontaria de Nolito impediram os “encarnados” de fazer história.
No Estádio da Luz, o dinamarquês Anders Lindegaard, conhecido em Old Trafford como o “novo Schmeichel”, com uma mão cheia de boas defesas, não deixou o Benfica obter aquela que seria apenas segunda vitória sobre o rival inglês.
Nos minutos finais, coube a Nolito a possibilidade repetir o triunfo de 2005/06 mas, com apenas Lindegaard pela frente, atirou algo desastrado.
Antes, Oscar Cardozo tinha colocado o Benfica em vantagem, aos 24 minutos, mas o veterano Ryan Giggs, de 37 anos, refez o empate, aos 42, num encontro em que a equipa de Jorge Jesus mostrou ter qualidade para poder ultrapassar o Grupo C e chegar aos “oitavos”.
O Benfica, apesar de ter tido Witsel apagado, realizou uma excelente exibição, frente a um “gigante” europeu, que alcançou três finais da Champions nos últimos quatro anos.
Destaque ainda para o português Nani, que entrou em campo aos 69 minutos, mas não conseguiu entrar na partida, mostrando-se muitas vezes individualista.
Apesar de um início algo temeroso, talvez por estar a enfrentar o atual vice-campeão europeu, o Benfica acabou por “pegar” no jogo após o primeiro quarto de hora, perante um Manchester United estranhamente apático.
Com o meio campo reforçado devido à presença de Rúben Amorim e o regresso de Aimar, os “encarnados” foram-se aproximando da baliza de dinamarquês Lindegaard (que deixou De Gea sentado no banco) e chegaram a assustar a defesa inglesa, com lances de Gaitán e Cardozo.
Aos 24 minutos, o avançado paraguaio, que muitas vezes durante os jogos tem uma relação amor/ódio com o público benfiquista, desta vez não deu razões para assobios e foi o responsável pela primeira explosão de alegria na Luz.
Cardozo recebeu com o peito um centro de Gaitán, trocou as pernas a Jonny Evans e com o seu pior pé, o direito, colocou o Benfica em vantagem.
Mesmo em desvantagem, os campeões ingleses mantiveram uma toada algo lenta em campo, mostrando muitas dificuldades em criar lances de perigo, enquanto o Benfica foi controlando o encontro à sua maneira.
Por isso, e quando nada fazia prever, Ryan Giggs “puxou” dos seus 37 anos e 289 dias, invadiu os terrenos “encarnados” e à entrada da área não deu hipóteses a Artur, aos 42 minutos.
O extremo galês, que durante a sua longa carreira rejeitou adotar nacionalidade inglesa, somou o seu 127.º jogo na Liga dos Campeões e aumentou o número de golos para 27, sendo o mais velho a marcar na Champions.
Na segunda parte, Jesus arriscou, tirando Ruben Amorin e colocando Nolito, mas os primeiros 20 minutos acabaram por ser do Manchester United.
Os “red devils” só não chegaram novamente ao golo porque Artur impediu Giggs de bisar, em nova jogada de classe do galês.
A partir daí assistiu ao espetáculo Lindegaard, principalmente aos 66 minutos, quando impediu com uma defesa do outro mundo o que parecia ser um golo certo de Nolito.
O Benfica foi atacando, Lindegaard foi-se mostrando sempre muito seguro e, aos 87 minutos, protagonizou um lance que de certeza não esquecerá tão cedo. O espanhol apareceu isolado frente ao guardião do Manchester United e mostrou muito pouca arte na altura de atirar para as redes.
