O presidente das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL) vai defender, na quarta-feira, na Comissão Europeia (CE), a necessidade de reforçar a supervisão e controlo das verbas geradas pela transferência de jogadores.
Emanuel Macedo de Medeiros participará, em Bruxelas, numa palestra sobre os agentes de futebolistas, cujo regulamento a FIFA se prepara para alterar.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da EPFL referiu que vai defender a “criação de centros de certificação administrativa e financeira das transferências, de maneira a que se saiba quem paga o quê a quem, garantindo a necessária transparência”.
Emanuel Macedo de Medeiros considerou que essa medida passa “por uma ação mais enérgica da União Europeia e dos governos nacionais”.
Para a EPFL, o acesso à atividade de agentes de futebolistas deve ser feito de acordo com critérios qualitativos.
“Não podemos permitir que todo e qualquer indivíduo, inclusive o mais empedernido cadastrado, possa dedicar-se a uma atividade tão importante do ponto de vista desportivo e financeiro”, afirmou.
Por isso, Emanuel Macedo de Medeiros defende uma triagem, de forma a que “só quem reúne caraterísticas e de forma idónea seja autorizado a intermediar e representar clubes e jogadores”.
A EPFL já transmitiu à FIFA as suas preocupações sobre o assunto e, segundo Emanuel Macedo de Medeiros, “algumas das propostas apresentadas foram aceites”.
O presidente da EPFL manifestou preocupação quanto ao facto de “o novo regulamento da FIFA cometer a clubes e jogadores a responsabilidade pela conduta dos intermediários, deixando-os fora da jurisdição da FIFA, das ligas e das federações”.