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E. Amadora: Salvado ausente no julgamento de alegado apropriação de 1,8 ME

O julgamento de José Maria Salvado prosseguiu hoje novamente sem a presença do presidente do Estrela da Amadora entre 1996 e 2002, acusado de alegada apropriação indevida de quase 1,8 milhões de euros do clube.

Salvado continua a residir no Brasil há alguns meses, em morada que facultou ao tribunal, e não deverá comparecer também na quarta sessão do julgamento, na manhã de 09 de fevereiro.

O antigo presidente da direção do Estrela da Amadora também não compareceu na sessão de 19 de janeiro, na 2.ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.

Na sessão de hoje, a terceira, apenas uma testemunha de defesa foi ouvida: Baptista Fernandes, que integrou o Conselho Fiscal no consulado de José Maria Salvado.

Ana Esteves da Cunha, advogada oficiosa de José Maria Salvado, requereu ao tribunal a audição de Fernando Pombo, vice-presidente na direção do arguido e presidente que lhe sucedeu, eleito em janeiro de 2003.

O coletivo de juízes deferiu o requerimento e Fernando Pombo será ouvido na próxima sessão, juntamente com Carlos Araújo, outra testemunha abonatória.

A advogada abdicou da inquirição a António Oliveira, o último presidente da direção antes do pedido de insolvência do clube, decidida pelo Tribunal do Comércio de Sintra, a 29 de setembro de 2009.

José Maria Salvado é acusado de alegada apropriação indevida de 1,8 milhões de euros e de um crime de falsificação de documento.

De acordo com a acusação a que a agência Lusa teve acesso, o dirigente tinha uma conta-corrente, na qual foram creditados montantes por “supostos empréstimos seus aos clubes”, para a contratação de jogadores.

A investigação da 9.ª Secção do DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa concluiu que, a 31 de dezembro de 2002, “deveria estar inscrito na referida conta-corrente não um saldo de 1.257.539 euros a favor do arguido, mas sim um saldo de, pelo menos, 1.794.308,68 a favor do Estrela”.

“O arguido sabia que obtinha um ganho patrimonial ilegítimo total de, pelo menos, 1.794.308,68 euros e que causava prejuízo de montante equivalente ao Estrela da Amadora, o que quis e conseguiu”, refere-se na investigação, datada de 20 de janeiro de 2011.

José Maria Salvado, que sucedeu no cargo de presidente ao irmão, Jaime Salvado, é indiciado de ter forjado recibos referentes a contratações de jogadores, hipoteticamente com “terceiros”.

Concluiu a investigação que José Maria Salvado sabia que “abalava a credibilidade e a fiabilidade que os documentos merecem, bem como a sua força probatória”.

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