Liga Europa: Videoton 3-0 Sporting (comentário)

Em Székesfehérvár, perante uma equipa sem pergaminhos europeus e apenas quinta classificado na Liga húngara, os ''leões'' nada fizeram de positivo para ganhar o jogo, depois de se verem a perder por 3-0 logo aos 35 minutos, com as inovações de Ricardo Sá Pinto a saírem totalmente furadas.

O treinador do Sporting, a poucos dias de jogar no Dragão, com o FC Porto, sai ainda mais contestado deste jogo, atendendo ao fracasso que foram as suas opções para hoje, deixando no banco Van Wolfswinkel, Cedric e Insúa, com Gelson Fernandes adaptado a lateral direito. Viola, como único avançado, à frente de Izmailov, Jeffren e Labyad, também foi tática que não resultou.

Sá Pinto fez por ''emendar'' o esquema ainda na primeira parte, com a entrada de Van Wolfswinkel (por Rinaudo), quando já havia 2-0 no marcador, e ao intervalo, reforçando o meio campo com Schaars e tirando Labyab. Em desespero de causa, tirou para os últimos 20 minutos um defesa, Boulahrouz, lançando Adrien Silva.

Nada bateu certo no sistema do ''leão'', que ainda equilibrou o jogo nos primeiros dez minutos, mas depois começou a ''abrir brechas'' de forma muito clara, com culpas defensivas nos três golos do Videoton.

Filipe Oliveira, um dos dois portugueses do Videoton em jogo - o outro foi Marco Caneira -, esteve na base do primeiro golo, aos 16 minutos, com o centro para área de uma bola que Nikolic cabeceou, numa primeira fase, e Paulo Vinicious recarregou para golo.

Em contra-ataque rápido, volvidos cinco minutos, a equipa treinada pelo português Paulo Sousa marcou o segundo: cruzamento do espanhol Balufo e cabeceamento de Filipe Oliveira, para o golo.

Toda a defesa do Sporting fica ''mal'' na jogada, com Pranjic batido por Balufo, Gelson antecipado por Filipe Oliveira e Rojo e Boulahrouz mal posicionados no eixo da sua defesa.

O ''pesadelo'' da equipa verde e branca acentuou-se aos 35 minutos, com o 3-0, fruto de um erro de palmatória do central holandês, que atrasou sem força para Rui Patrício e permitiu que Nikolic se apossasse da bola e rematasse a contar.

Não foi tão negativa a segunda parte do Sporting, mas também é verdade que não criou ocasiões para atenuar a derrota, ante um adversário que, como seria de esperar, reforçou a linha defensiva para a etapa complementar, a defender o bom resultado.

Ainda assim, esteve mais perto o 4-0 que o golo do Sporting - muito pouca convicção nas ações ofensivas dos ''leões'' -, sobretudo com o contra-ataque de três para um que Filipe Oliveira não concretizou, aos 90 minutos.

Paulo Sousa tem razões para sorrir, com uma vitória que tranquiliza o seu lugar de técnico do Videoton. O mesmo não se passa com Sá Pinto, cada vez mais sob pressão e sem conseguir um resultado que o confirme no posto.