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FPF: Fernando Gomes diz que já cumpriu 50 por cento do prometido

Fernando Gomes faz um balanço positivo do seu primeiro ano de mandato como presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), assegurando que mais de 50 por cento dos compromissos assumidos estão concretizados.

FPF: Fernando Gomes diz que já cumpriu 50 por cento do prometido

“Creio que conseguimos cumprir parte significativa dos compromissos que tínhamos assumido. Hoje, fazendo um balanço do que fizemos, podemos dizer que mais de 50 por cento dos compromissos assumidos estão concretizados. Fazendo esse balanço, temos de considerar positivo [este ano]”, referiu, em entrevista à agência Lusa.

Fernando Gomes assegurou que a FPF está no bom caminho, destacando pontos como o apoio às associações e ao futebol não profissional, a reformulação dos quadros competitivos, o apoio às equipas das II e III divisões ou a aposta no futebol feminino, com destaque para a realização do Mundial de futsal feminino.

“Se temos a consciência de termos feito muita coisa, também temos a consciência de que muito temos de fazer, em especial porque os tempos que se avizinham não serão fáceis. Temos uma motivação muito grande para continuar o projeto iniciado há um ano”, referiu.

Em relação à profissionalização da arbitragem, Fernando Gomes disse ainda que espera em janeiro “apresentar um caderno de encargos à tutela para resolver algumas das situações que preocupam a federação e fundamentalmente os árbitros, para fazer avançar este processo o mais rapidamente possível”.

Na entrevista à Lusa, o presidente da FPF abordou ainda outros temas:

RELAÇÃO COM O FC PORTO: “A Federação mantém relação de cordialidade com todos os clubes”.

Depois do jogo particular com o Gabão, o presidente do FC Porto fez duras críticas à FPF, mas Fernando Gomes garante que mantém com os “dragões” a mesma relação do que com outros clubes, sempre na defesa do futebol português.

“A Federação Portuguesa de Futebol e o seu presidente mantêm com todos os clubes e com os seus presidentes uma relação de cordialidade dentro daquilo que é a sua função e missão, que é acautelar os interesses da federação e dos clubes, dentro do que é a defesa intransigente do futebol português”, referiu.

Fernando Gomes garantiu que fala “com todos os presidentes de forma transparente e equilibrada”.

TROFÉU IBÉRICO: Ideia esbarra na dificuldade de encontrar datas.

O presidente da Liga espanhola lançou recentemente a possibilidade da realização de uma competição ibérica, ideia que Fernando Gomes apoia, mas que tem “esbarrado sempre numa enorme dificuldade, que é a calendarização”.

“Sabemos que os calendários, quer de Portugal, quer de Espanha, são extremamente sobrecarregados. Por isso, sempre esbarrámos em enormes dificuldades para encontrar datas possíveis para a realização de um torneio ibérico”, referiu.

A realização, nas próximas épocas, da Supertaça de Espanha na China vai dificultar ainda mais a calendarização de um torneio ibérico.

“Não é que não haja vontade, até porque seria uma forma simpática de reforçar os laços que existem entre as duas federações, mas todos sentimos dificuldades para encontrar datas”, concluiu.

PACIFICAÇÃO DO FUTEBOL PORTUGUÊS: Num momento de dificuldade poderia haver diálogo – Fernando Gomes

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol acredita que é possível haver uma pacificação do futebol português, poucos dias depois de nova troca de palavras duras entre dirigentes dos “grandes”.

“Acredito que as pessoas num momento de grande necessidade de união conseguiriam encontrar vias de diálogo para ajudar, porque é fundamental, no caso português, uma sustentabilidade dos três grandes clubes. Acredito que em momentos de dificuldade temos uma costela de solidariedade e não deixaremos de encontrar forças para tornear eventuais divergências”, disse.

Para Fernando Gomes não é positivo que “as pessoas envolvidas na indústria [do futebol] sejam os primeiros a não darem passos na direção de algum apaziguamento”, garantindo que continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance “para criar um ambiente de ‘fair-play’, de responsabilidade, mas também de respeito entre as diversas entidades”.

TOTONEGÓCIO: FPF ainda procura solução definitiva

No âmbito do Totonegócio, a FPF está a pagar as dívidas dos clubes não profissionais, sobre os quais está responsável solidariamente.

“Os clubes cumpriram integralmente com o que tinham acordado. Infelizmente, as estimativas ficaram muito longe dos montantes que eram expectáveis. Chegámos ao fim do primeiro ciclo e, na altura, ficaram por liquidar cerca de 20 milhões de euros (ME), dos quais três correspondiam à FPF e 17 à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP). Este processo da LPFP está a seguir o curso nos tribunais administrativos. Naquilo que diz respeito à FPF, à medida que os processos transitaram em julgado, a FPF não tinha alternativa a não ser pagar esses montantes em nome dos devedores originais, que eram os clubes. Já tinha feito um pagamento de cerca de 500 mil e há 15 dias pagou mais 1,5 ME”, explicou.

Questionado sobre a notificação ocorrida em abril para o pagamento de cerca de 13 ME, no qual existe uma responsabilidade solidária da FPF para com os clubes não profissionais de aproximadamente 1,9 ME e da LPFP de 11 ME, Fernando Gomes diz que a FPF está a analisar o parecer da Inspeção-Geral das Finanças “para que seja encontrada uma solução definitiva”.

Fernando Gomes sublinhou que “a decisão final quanto a este dossiê [das apostas online] não deixará de passar pelos ministérios das Finanças e do Turismo”, advertindo que o “Estado português deixa de ter uma receita que poderia atenuar o défice”.

CENTRALIZAÇÃO DOS DIREITOS TELEVISIVOS: Fernando Gomes diz-se favorável

Fernando Gomes recuperou o seu percurso na LPFP para justificar a sua concordância com a centralização dos direitos televisivos.

“Não posso deixar de ser a favor, tanto mais que eu próprio a incentivei, preconizei e implementei que essa negociação centralizada dos direitos da Taça da Liga fosse centralizada na própria Liga, que os negociou com a SIC por 1,6 ME. Nessa perspetiva, não posso deixar de estar de acordo com a centralização, na justa medida que permita uma melhor redistribuição. Mas, a centralização não deve ser um fim em si, mas um meio, porque temos de atender às condições do mercado existentes e sermos capazes de antever o sucesso de uma iniciativa num determinado contexto”, referiu.

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