O internacional holandês que passou pelo clube de Alvalade nas duas últimas temporadas e que foi vendido ao PSV queixa-se que os salários não eram devidamente regularizados. Schaars não queria outra temporada num clube que lutasse apenas pelo quinto ou sexto lugar.
«Percebemos cedo que existiam graves problemas financeiros. Não pagavam os salários. Havia muita intranquilidade. Com quatro treinadores e dois presidentes num ano, a ambição foi-se. Para mim, essa foi a gota de água», afirmou o médio holandês de 29 anos à revista holandesa Voetbal International. Um pesadelo que durou durante toda a época e assombrou o futuro do Sporting. Contudo, Schaars deixou o Sporting com os salários em dia: «Sim, mas foi por estar a resolver esse problema que demorei um pouco mais a assinar pelo PSV. Só sairia se recebesse tudo a que tinha direito».
Stijn Schaars não queria estar num emblema que lutava apenas por chegar à Europa, como aconteceu com o Sporting na temporada passada. Queria um clube com outras ambições: «Tinha um bom contrato, mas estava relutante em ficar lá apenas pelo dinheiro. Decidi que queria ir para um clube que tivesse ambições. Não conseguia lidar com a ideia de ficar mais uma época no Sporting. Este ano iríamos lutar pelo 5.º ou 6.º lugar. Não era capaz de jogar por esse objetivo no Sporting. É um clube demasiado grande para ter um papel secundário».
Contudo, o internacional holandês recorda bons momentos que passou em Alvalade e que irá sempre recordar: «A primeira época foi fantástica. Perdemos a final da Taça de Portugal de forma absurda e, claro, atingimos as meias-finais da Liga Europa. No segundo ano saíram quatro ou cinco jogadores-chave e a equipa entrou em colapso. Os resultados pioraram e isso repercutiu-se em todo o clube. Os problemas estavam escondidos pelos bons resultados. Toda a estrutura desabou. Na minha primeira época havia bom staff e boa equipa. Uns meses depois não restava nada».