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Paulo Bento aponta aos "oitavos" no Mundial 2014

O selecionador português de futebol, Paulo Bento, apontou quarta-feira os oitavos de final como “objetivo inicial” no Mundial2014, confirmou a “natural influência” de Cristiano Ronaldo e admitiu eventuais mexidas nos eleitos para a prova no Brasil.

Paulo Bento aponta aos "oitavos" no Mundial 2014

Em entrevista à televisão TVI, quase 24 horas depois da qualificação, à custa da vitória na Suécia, por 3-2, o técnico luso frisou que, “independentemente do grupo” em que a equipa lusa ficar inserida”, no sorteio de 06 de dezembro, existe a “ambição de chegar aos oitavos de final”.

Os oitavos são, porém, um “objetivo inicial”: “A partir dai, tentaremos eliminar as equipas que nos toquem, competir da melhor maneira possível, num jogo de características diferentes, a eliminar, para chegar o mais longe possível”.

Quando questionado sobre a presença lusa nas meias-finais em 2006, Paulo Bento lembrou que esse resultado só tem paralelo com 1966, já que a equipa das “quinas” se ficou pela fase de grupos em 1986 e 2002 e pelos “oitavos” em 2010.

Em relação à fase de qualificação, o selecionador luso assumiu responsabilidades pessoais no facto de Portugal não ter conseguido o apuramento direto na fase de grupos.

“O trajeto não foi fácil”, admitiu, apontando os três jogos consecutivos sem ganhar (derrota na Rússia e empate com Irlanda do Norte e Israel) como determinantes para a necessidade de apuramento pela via do "play-off", embora isso tenha “provocado mais desconfiança externas” do que no treinador, jogadores e dirigentes federativos.

Além dos “méritos e confiança dos grande obreiros – os jogadores”, Paulo Bento associou Fernando Gomes, presidente da FPF, ao sucesso da seleção, pois “esteve sempre presente, sobretudo nos momentos mais difíceis”.

Espírito solidário que foi também argumento para falar do seu futuro à frente da seleção: “No meu contrato, feito com a direção anterior e assumido pela atual, existe uma cláusula que previa a possibilidade de a FPF rescindir comigo caso não atingisse os objetivos, isto é, a presença no anterior Europeu e neste Mundial”.

“Se falhasse, e não rescindissem, pediria tempo para ponderar, mas sentar-me-ia com o presidente”, disse o técnico, que admite “gostar muito” do seu trabalho com a seleção nacional, embora, “a seu tempo”, vá debater o futuro com Fernando Gomes, dando a entender que o fará após a participação no campeonato do Mundo, em finais de julho.

Sem mascarar a preponderância de Cristiano Ronaldo no sucesso do combinado luso, Paulo Bento refuta a tese de dependência: “Falaria, sim, em grande influência”.

“É um jogador determinante, com atributos técnicos, físicos, táticos e emocionais que lhe conferem grande influência na seleção e nas equipas onde tem jogado. Por isso, a sua influência não é anormal”, argumentou.

E, com a votação para o Melhor do Mundo ainda em marcha, sublinhou: “Noutros momentos, já foi injusto que não tivesse ganhado esse título. Mas, neste momento, se não ganhar é tremendamente injusto”.

Voltando a “bitola” para a competição no Brasil, admitiu ser “difícil dizer se serão estes 23 ou 24 que irão ao Mundial”.

“O que me parece é que irão muitos deste grupo, se tudo correr na normalidade”, afirmou, rejeitando quaisquer polémicas com jogadores, nomeadamente com Danny, que antes do jogo com Israel, ainda na fase de grupos, apresentou queixas físicas e jogou, poucos dias depois, pela sua equipa, o Zenit de São Petersburgo, da Rússia.

“Cinjo-me às informações que me dão o jogador e o departamento médico. Se depois joga pelo clube, nada posso fazer”, afirmou, a propósito.

Ainda sobre o futuro imediato da Seleção e sua possível renovação, realçou a nova “fornada” de jovens talentos, apontando contextos favoráveis nesse sentido, como a criação das equipas B (na II Liga portuguesa) e o facto de “estarem muito bem treinados” por Rui Jorge, selecionador sub-21.

Por fim, “enterrou” a polémica com Pinto da Costa (que afirmou, há uns meses, não o querer como treinador no FC Porto) e renovou os votos de saúde ao dirigente portista: “Importante é o momento pelo qual passa e o que pretendo é que recupere nas melhores condições possíveis e que volte ao ativo o melhor possível”.

“Nos clubes, é o presidente que escolhe quem bem entende para treinador. Não tenho que me magoar pelo presidente de qualquer clube não me querer”, sublinhou.

Por outro lado, o “momento infeliz” de Joseph Blatter, presidente da FIFA, que caricaturou Cristiano Ronaldo e mostrou preferência pública pelo argentino Lionel Messi, mereceu críticas do selecionador nacional.

“A melhor resposta foi dada pelo Cristiano, dentro do campo, com rendimento e qualidade. O que Blatter fez era evitável. Não o dignificou na forma e no conteúdo. Desculpou-se, mas o mal estava feito. Há coisas que, por mais que se pensem, não se podem dizer”, concluiu.

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