Taça da Liga: Golos de Sasso e Rafa dão triunfo ao Sp. Braga no Estoril

Num encontro marcado pela velocidade, ficaram patentes as lacunas no setor defensivo do Estoril-Praia, já que, no primeiro golo sofrido, o central Rúben Fernandes desentendeu-se com o guarda-redes Vagner e, no segundo, a última linha da equipa da casa estava demasiado alta, permitindo que Rafa aparecesse sozinho frente a Tiago Gomes.

Com um início de jogo muito dividido, com as duas equipas à procura do golo, coube aos bracarenses a inauguração do marcador logo aos 13 minutos. Numa jogada iniciada por Rúben Micael, que cruzou da esquerda, o guarda-redes Vagner atrapalhou-se com a presença do central Rúben Fernandes e do "guerreiro" Custódio, tendo a bola sobrado para Sasso que aproveitou para encostar de cabeça e inaugurar o marcador.

A condição de vencedor foi sol de pouca dura, já que, cinco minutos volvidos, Carlitos restabeleceu a igualdade, numa jogada em tudo idêntica, só que desta feita com o pé direito, depois da bola ter feito vários ressaltos e "passeado" em cima da linha de golo, na sequência de um primeiro remate de Evandro e de um desvio de Santos, defesa central dos forasteiros.

Dispostas em 4x3x3, com a única diferença a fazer-se sentir no triângulo do meio-campo, com o Estoril-Praia a apresentar dois " trincos" - Gonçalo Santos e Diogo Amado - enquanto o Braga apenas um - Mauro -, a equipa da casa manteve a postura que a caracteriza, apostando na posse de bola para desgastar o adversário.

A lesão de Rúben Micael, à passagem da meia hora, obrigou Jesualdo Ferreira a mexer na equipa: Edinho entrou para o ataque, fazendo Pardo passar para o flanco esquerdo e Rafa para o meio, nas costas do avançado, com Alan à direita.

Perante a supremacia do Estoril-Praia, o Braga subiu o bloco defensivo, encurtando o espaço para a troca de bola e a distância para a baliza de Eduardo, guarda-redes que, em cima do intervalo, evitou que o Estoril-Praia quase ampliasse a contagem, depois de um desvio subtil de Bruno Lopes.

As equipas entraram a todo o gás no segundo tempo, tendo ficado, novamente, em realce as lacunas no reposicionamento defensivo dos estorilistas, quando Rafa, num contra-ataque pela direita, surpreendeu tudo e todos ao passar por Tiago Gomes e recolocou os “arsenalistas” na frente do marcador, aos 53 minutos.

A perder, o Estoril-Praia refrescou o meio-campo, ao fazer entrar João Pedro Galvão e Balboa, para os lugares de Diogo Amado e Carlitos, e foi desperdiçando diversas oportunidades, nomeadamente aos 80 e 89 minutos, quando Eduardo defendeu para canto um remate de João Pedro Galvão. Depois o mesmo jogador, na zona de grande penalidade, viu a bola ser tirada em cima da linha por Sasso.

Já sobre o final do período de descontos, ainda aconteceu uma jogada muito polémica, com Santos a cortar a bola com o braço, depois de um canto na esquerda. O árbitro nada assinalou.