Manuel Machado: «Quem marca acaba por fazer a diferença»

"O Benfica foi um justo vencedor. Beneficiou de um autogolo e nada do que eu possa dizer altera aquilo que aconteceu nos 93 minutos. Por isso, objetivamente, quem marca acaba por fazer a diferença.

Mas, olhando para o jogo de uma forma mais larga, foi uma primeira parte repartida, com superioridade evidente por parte das defesas, de uma e de outra equipa. Com dois ou três momentos de finalização, que infelizmente, para nós, não levaram a melhor direção, mais concretamente pelo Lucas João e pelo Mário Rondon. O Oblak não teve nenhuma intervenção de dificuldade. A nossa estatística interna, mostra que o Gottardi não fez defesa nenhuma durante o jogo. Foi um gesto de infelicidade no primeiro tempo, que fez a diferença.

Na segunda parte, o Benfica teve uma postura mais baixa, guardando a vantagem que tinha. Com o Nacional a fazer o que lhe competia, tentando chegar ao golo. Tivemos mais um momento em que o factor sorte acabou por beneficiar o Benfica e, por isso, aquele golo acabou por fazer toda a diferença. Aceitamos o resultado. Tivemos uma boa reacção, perante uma equipa que tem jogadores de qualidade e de um patamar a que poucos clubes nacionais têm acesso, que permite construir uma equipa de muita qualidade e não é por acaso que está na liderança, conjunta, da prova principal. E nesse quadro tenho que aceitar o resultado.

Hoje não tinha soluções ofensivas. O meu banco era composto por três defesas e três médios, por força da ida do Mateus para Angola e do Djaniny para a selecção de Cabo Verde. Tivemos ainda imponderável de o Mário Rondon se ter magoado, o que nos diminuiu o que já era muito curto. Este resultado deixa o Benfica numa posição de vantagem para chegar ao fim desta fase de grupos, bem posicionado para passar às meias-finais. Objetivamente, não vale a pena termos muitos discursos, embora matematicamente ainda seja possível".